Dona Lelé Roitman tem 63 anos de idade; acredita-se com aparência de 20...

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Vem cá?

Qualquer pessoa da terceira idade que acredita-se linda e que sua aparência é de 20 anos de idade, é normal?

Não tem nada de errado com este ser caquético?

Claro...

Todos nós que já passamos de vinte sabemos como éramos naquela idade...

Quem vive fora de seu tempo e razão tem sérias disfunções psiquiátricas...

Devaneios doidos ao não se conformar com o inclemente passar dos anos é capaz de produzir ódio contra os mais jovens e mais precisamente, acredito, contra crianças lindas...

Esta narcisa coisa de achar feio o que não é o espelho esboça comportamento com severas tendências que desemboca em loucuras...

Nossa avó com mão enrugada cheia de pintas era como uma imagem de Nossa Senhora quando nos acariciava na infância...

Lembro que com cinco anos idade minha vó era linda...

Seus pães feito em casa...

Suas compotas de figos...

Os almoços de domingo - em Porto Alegre - com macarrão, lagarto assado e Charrua Limão...

Suas novenas intermináveis e longos terços de finais de tarde entremeados com Glória ao Pai...

Seus conselhos e paciência para escutar minhas confissões bobas de guri, como descrevi em 'O Agnóstico de Escapulário'...

Duvido que minha avó Antônia permitiria que meu pai me torturasse sem que ela lhe enfiasse uma adaga no bucho...

Minha avó jamais cursou faculdade de Assistência Social onde se exercita simulacros filosofais; mas conhecia ética como essência de vida sem que necessário que ninguém lhe ensinasse...

Dona Lelé se vangloria de estar no topo da pirâmide social, porém esqueceu princípios mínimos de compaixão humana no vaso da privada da sua ignorância soberba...

Dona Lelé é o lixo social que necessita ser varrido da paisagem...

Ainda lhe resta pouquíssimo tempo de vida, talvez uns dez anos - ou menos - bate com as quatro...

Não há mais tempo para reconstruir sua biografia criminosa...

A cada vez que alguém entrar na Internet saberá de sua passagem biográfica macabra pela Terra...

E...

Como Lelé acredita em Deus...

Putz...

Tá ferrada!




Jorge Schweitzer