terça-feira, 14 de maio de 2013

O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças








Já imaginaram que maravilhoso seria apagar seletivamente suas lembranças?

Só lembrar do que lhe convém recordar...

Hein?

Bacana, né?

Para a senhôra, que não consegue deixar de entrar aqui no meu blog apesar de me odiar depois de tanto tentar deixar de me amar, seria providencial...

Recordação ruim seria deletada...

Control, Alt, Del...

Quem já não desejou dispor de tal habilidade depois de uma decepção amorosa como a sua?

Todo mundo...

Ficar no décimo andar olhando o mar e nada... 

Pôs bueno...

Lembra daquela lanterninha dos Homens de Preto que jogavam um flash na cara do sujeito e ele não lembrava de mais nada imediatamente?

Agora é possível...

Ou, mais ou menos...

Seguinte...

Cientistas do Instituto do Comportamento e do Cérebro, na Geórgia, EUA anunciaram ter conseguido apagar diversas lembranças...

Melhor ainda...

De forma seletiva e controlada...

Claro...

Por enquanto na mente brilhante de camundongos transgênicos, brilhantes e bipolares...

Entender exatamente como aprendemos um determinado bagulho; consolidamos essa informação; a armazenamos e, depois, somos capazes de recordá-la constituem os quatro grandes pilares da memória...

Pesquisas já haviam identificado moléculas e mecanismos específicos que desempenham um papel crucial nas diversas etapas desse processo maluco...

Ao ativar-se a recuperação da proteína no momento de evocar uma memória leva ao desaparecimento imediato daquela lembrança que estavam tentando recuperar...

As outras memórias permaneceram intactas...

Entenderam?

Não importa...

A realidade é que foi o primeiro passo para você selecionar só o que presta...

Ainda não é possível para humanos...

Por favor, minha amada oculta, não chore...

Engula a lágrima...

Nem tudo está perdido...

Todas recordações dolorosas têm uma função...

Lembranças pavorosas, tal Jorge Schweitzer, são lições que a impedem repetir os mesmos erros do passado...

Por isso, a natureza se assegura que o cérebro não se esqueça facilmente dessas recordações...

Ter uma “pílula” para eliminar lembranças não é a solução...

Poderia acontecer o mesmo que ocorre com os protagonistas do filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança”, de Michel Gondry, que acabam repetindo os mesmos erros do passado e se arrependem...

Eu tenho uma fórmula pessoal para conviver com minhas decepções após ter  passado dos cinquenta...

A cada próxima amada abraço a nova musa e fecho os olhos a recordar todos os primeiros encontros  com alguma Panicat que se foram após se esgotar tanta paixão que seria impossível durar para sempre quando se transformam em chacretes sexagenárias...

Nenhum amor verdadeiro tem direito ser para sempre...

Sou um fantasma camundongo sonhador...

Na boa, senhôra, não ria...

Eu sou teu iá, teu iô...

Se você der uma gargalhada, confirmou...

Viu?!



Jorge Schweitzer








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