segunda-feira, 27 de maio de 2013

Homem que faz coraçãozinho com os dedos não é firme...








Pôs bueno...

Seguinte só...

Chegamos até a terra para amar as mulheres...

Enquanto nos derramamos em poesias e canções...

Elas, nada...

Declamamos seus cabelos, a voz, suas curvas...

Elas, nada...

Não encontro mulheres enaltecendo nossos bigodes, nossa calvície ou nosso bafo de cerveja...

Mulheres só nos chamam de 'Mô' e ponto final...

Nem um dengo além...

Até o cachorrinho delas tem mais chamegos...

Sou capaz de escrever um livro inteiro só para uma única mulher...

Ela é capaz de lê-lo todo e me enviar somente um beijo no meu coração...

Odeio beijo no coração...

De coração...

Ô coisa mala beijo no coração...

E, um cheiro?!

Um cheiro só perde para obrigado por você existir...

Anseio algum dia finalmente encontrar uma mulher de 85 anos, carente e sensível,   proprietária de dois apartamentos de 500 metros quadrados na quadra da praia do Leblon completamente desimpedidos na escritura...

Uma mulher de verdade...

Uma mulher de Atenas que me aguarde depois de um dia inteiro no táxi que jamais abandonarei...

Nem importa que uma Zilú octogenária...

Eu quero é festa...

No andador do equilíbrio do eixo gravitacional de todas nossas artroses da alma sedutora mambembe...

Mas...

Fundamental...

Que ela use cabelos revoltos com um coque acima e alguns fios escorrendo pela nuca...

Saia longa rodada e salto alto...

Aparelhos nos dentes..

Brincão de cigana...

E...

Chance da Chanel...

Putz...

Chance é fatal...

Tá rinu, é?!

Bagulho sério...




Jorge Schweitzer












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