terça-feira, 25 de outubro de 2011

Carga de 2.600 latas de cerveja de 473ml entregues de Fiorino no BEP (Batalhão Especial Prisional)








Herculano Barreto Filho



Extra

Pouco mais de um mês depois da descoberta de uma festa, regada a uísque, dada dentro da prisão pelo ex-PM Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, o Batalhão Especial Prisional (BEP) tem novo escândalo etílico. Por volta das 18h de anteontem, as câmeras de monitoramento flagraram a entrada de uma carga de 2.600 latas de cerveja de 473ml.

O carregamento foi levado ao pátio da unidade prisional na Fiorino de um supermercado de Benfica por uma porta lateral, que dá acesso ao estacionamento. O 1 tenente George de Matos Guimarães, oficial de dia, foi detido em flagrante, por descumprimento de ordem. E aguarda as investigações no próprio BEP.

Mas a promotora Isabella Pena Lucas, da Auditoria Militar, solicitou a transferência para o Batalhão de Choque, alegando que o tenente não poderá ficar no mesmo lugar onde tomava conta dos presos.

— As pessoas já foram identificadas e presas. E possivelmente vão para a rua — disse o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, em solenidade de assinatura da prorrogação da presença do Exército no Alemão.

O flagrante ocorreu dias depois da reinstalação do equipamento de vigilância, desativado desde a fuga do miliciano Carlão, que deixou a unidade prisional no dia 2 de setembro deste ano.

As câmeras, retiradas para que fossem submetidas a perícia, voltaram a registrar as imagens da unidade prisional na semana passada. O tenente-coronel Wilson Gonçalves, que assumiu o batalhão há apenas 11 dias, disse que exigiu a reinstalação do equipamento.

— O monitoramento funcionou. Precisamos dobrar o número de câmeras e fortalecer o efetivo para dar maior segurança e credibilidade à unidade prisional — declarou o tenente-coronel Wilson Gonçalves, ontem de manhã, no pátio onde estava carga apreendida de latas de cerveja.

Não é a primeira vez que há registros envolvendo bebidas alcoólicas na carceragem do BEP. No mês passado, o tenente Daniel Benitez, um dos 11 policiais militares acusados de matar a juíza Patrícia Acioli, foi flagrado numa escuta telefônica, enquanto pedia a um amigo que levasse várias latas de cerveja para dentro da unidade.


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