sábado, 9 de agosto de 2014

André Rodrigues Marins, o psicopata e a verdade








Seria  até mesmo engraçado,  se não fosse trágico,  o devaneio mirabolante do torturador assassino da menina Joanna Marcenal para justificar seu crime ao conversar com a jornalista Belisa Ribeiro...


André Rodrigues Marins afirma  que finalmente Belisa Ribeiro foi a única a procurá-lo para dar sua versão do crime que ele é indiciado...


Mentira!


A imprensa em peso, nestes quatro anos desde o crime -  tentou entrevistar o serventuário judicial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro André Rodrigues Marins para ele  dar sua versão...


Na verdade, André Rodrigues Marins até já deu coletiva - um dia antes de ser preso durante cinco meses em Bangu 8 - e seu advogado de defesa na época é visto assustado nas imagens olhando fixamente para seu cliente e horas após pediu para não mais defendê-lo ao assistir a confissão de viva voz que o serventuário admitia que amarrava a criança pelos pés e mãos sobre fezes e urina e contar que perseguiria todas testemunhas ou alguém que ousasse questioná-lo sobre a barbárie...


Noutra matéria, na Record, André Rodrigues Marins ensaiou até choro forçado desprovido de um pingo sequer de lágrima...


Logo após André Rodrigues Marins ser solto pelo juiz Alberto Fraga no sexto habeas corpus impetrado por seu advogado, depois de cinco negados por outros juizes, o ex presidiário deu entrevista ao G1 e desafiou que continuaria circulando pelas ruas sem sequer tomar um tapa em via pública ...


E, deu certo, nenhuma turba  ainda linchou André Rodrigues Marins...


André Rodrigues Marins continuou dando expediente no TJ/RJ sem ser importunado, muito embora usando artimanhas para chegar ao local sem ser localizado...


Na entrevista ao G1, André Rodrigues Marins pediu para não ser perguntado sobre a rotina na cadeia provavelmente em decorrência de ter sido isolado aos seus companheiros de cela descobrirem que ele era assassino de criança e não estelionatário que se dizia com seus mais de 120 processos onde é citado no judiciário que na realidade  vão de espancamento de mulheres a trambiques múltiplos...


André Rodrigues Marins além de ser indiciado por tortura continuada e assassinato da sua filha Joanna de cinco anos de idade  tem seu CPF envolvido  em um cipoal de mais de uma centena de processos que compõe sua capivara mais robusta que o Beira Mar e o Marcola juntos...


 André Rodrigues Marins alegou para a jornalista Belisa Ribeiro que Joanna morreu em razão da mãe da menina, Cristiane Marcenal, não tê-lo avisado sobre medicação contínua que Joanna tomava...


Pô, na boa, esta justificativa está tão gasta que este imbecil sequer deveria repetir o disco...


Joanna, conforme atesta seu pediatra desde que a menina nasceu, afirma com todas as letras que a criança jamais teve qualquer problema de saúde...


Joanna era absolutamente saudável até ser entregue para o pai matá-la de forma metódica...


Joanna foi amedrontada, aniquilada física e psicologicamente pelo pai e pela madrasta infame...


Joanna tinha machucados pelo corpo inteiro quando foi entregue em coma para ser sepultada um mês após ser devolvida por este desgraçado:  cabeça, pés, um furo horroroso no ombro e marcas de queimadura em toda extensão das nádegas...


As queimaduras nas nádegas André Rodrigues Marins justifica que foram em decorrência de alergia por fraldas mesmo com depoimento de um médico que foi ameaçado por este ordinário se torna-se público que ele solicitou aviamento de pomada para queimaduras...


Este médico, que frequentava a mesma igreja pentecostal do assassino no Recreio dos Bandeirantes,  recebeu ligação ameaçadora deste idiota enquanto dirigia pela Rio Petrópolis e parou na Casa do Alemão para atender seu celular e escutou que André Rodrigues Marins acabaria com sua carreira se algum dia falasse sobre as queimaduras de Joanna...


André Rodrigues Marins chegou a afirmar para a primeira legista que conversou com ele  informalmente na Amiu de Botafogo que imaginava que Joanna estivesse fazendo manha fingindo convulsões e vômitos...


Estive pessoalmente com esta legista que me contou esta versão...


Esta mesma legista disse que houve uma reunião no IML com todos médicos que participaram da necrópsia da Joanna e nenhum queria assinar o laudo depois de eu ter visitado o IML e ser recebido pelo diretor da instituição e postado  que cobraria publicamente qualquer indício de manipulação indevida...


Descreio que minha presença no IML tenha sido relevante, porém...


Um dos legistas chegou a ajoelhar pateticamente  no meio da sala e chorar...


Pois é verdade, senhores e senhoras...


Não tenho necessidade alguma de mentir; não é de meu feitio; não possuo motivação para tal...


Existem alguns outros desdobramentos do Caso Joanna no IML que não posso provar e portanto não devo cometer a irresponsabilidade de publicar e só vou deixar uma pista para que se alguém tiver coragem de  testemunhar desnudaria a arquitetura odiosa: 'dezoito mil para cada um' ...


No mais, André Rodrigues Marins alegar que somente amarrou Joanna pelos pés e mãos sobre um tapete em noite fria foi para evitar que ela se debatesse por pouco tempo e que a empregada flagrou apenas estes quinze minutos que não se repetiram desmentem o que ele afirmou anteriormente que a criança era amarrada a noite inteira para não se debater e que passava a noite nos pés da cama do casal...


Se a Justiça tiver o cuidado de cruzar todos depoimentos e entrevistas do André Rodrigues Marins checará com facilidade uma quantidade anormal de contradições que deixam o Judiciário na obrigação de enfiar este meliante definitivamente atrás das grades...


A babá que encontrou Joanna amarrada sobre excrementos ficou tão impressionada com o sadismo que se negou retornar a trabalhar para o André Rodrigues Marins e para madrasta Vanessa Maia Furtado...


Uma senhora simples acostumada com convivência com netos e filhos jamais presenciou atrocidade daquele tamanho...


Para uma senhora ficar condoída e apavorada com o quadro surreal de Joanna manietada  é fácil imaginar o grau de crueldade da cena degradante...


 Logo após, tive informação que outra babá das filhas gêmeas de André e Vanessa era moradora da comunidade do Terreirão  no Recreio do Bandeirantes e gostaria de contar detalhes da rotina depois que Joanna chegou ao apartamento que mais lembra campo de concentração nazista...


Esta outra babá já havia trabalhado numa agência de automóveis da Barra, como serviços gerais,  onde Vanessa Maia Furtado deu um trambique...


Esta babá teria presenciado Joanna implorando para retornar para casa da sua mãe...


O crime pavoroso contra Joanna Marcenal é  uma engenharia clandestina onde todos temem se expor ao poderio dos acusados que arrotam seus conchavos...


Logo no início das investigações recebi diversos recados dos Marins  que o delegado da DCAV estava tão tranquilo quanto a inocência dos suspeitos que resolveu tirar férias e foi premiado com curso na Europa paga por nossos impostos...


Só que...


Deu problema...


A delegada que o substituiu se chama Valéria de Aragão Sádio...


A delegada Valéria Aragão e sua equipe foi incansável, perseguiu todas provas e indícios na forma da Lei...


Com sua costumeira altivez André Rodrigues Marins peitou a equipe inteira da DCAV e tentou amendrontá-los com ameaça de processo na Corregedoria...


A delegada Valéria de Aragão e sua equipe não se intimidou um segundo sequer...


Não restou mais alternativa, o delegado Luiz Henrique Marques Pereira  retornou de suas férias remuneradas de reciclagem na Europa e declarou textualmente que 'O pai de Joanna tinha enorme prazer em torturar a criança'...


O que passa atualmente é um vergonhoso  jogo de empurra  kafkiano inoperante  do Judiciário...


Em qualquer país sério André Rodrigues Marins e Vanessa Maia Furtado estariam no cadafalso...


Todos senhores  togados estão cravando para sempre suas biográficas  assinaturas na lápide de Joanna...


Eu, me recuso compactuar com a farsa...


A memória de Joanna merece Justiça ampla e total...


 Para que o sacrifício de Joanna Marcenal não tenha sido em vão...


Para que se evitem  tragédias similares...






Jorge Schweitzer



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