segunda-feira, 11 de abril de 2011

Caramba, nesta semana fui reconhecido por dois passageiros...

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Meu passageiro entrou no Táxi em Movimento em frente ao Jockey Club na Gávea...

Depois soube que ele trabalhou no jornal O Globo por décadas e outras na Rede Globo de Televisão...

Atualmente dá consultoria...

Preferi não saber seu nome para não me meter em outra confusão com pessoal do Globo, lógico...


Até brinquei que meu sonho profissional é ser consultor, brasilianista ou pensador...

Conplementei que pior é que filósofo pensador só fica bem na fita depois que passa a comer capim pela raiz sete palmos abajo...


Conversávamos sobre um achaque policial que o motorista de um outro táxi em que ele estava sofreu após fazer manobra irregular ali em frente a Praça da Gávea...


Zoei que eu gostaria de filmar o incidente on line na Internet...

Pronto, acabei traído por minha língua comprida...


- Voce, por acaso, é aquele taxista que teve uma confusão com uma jornalista que acabou na delegacia?


- Prefiro não falar sobre, mas por acaso não sou eu...


- Claro que é...

- Sou...


Meu passageiro tentou saber o nome completo da jornalista que, evidente, me recusei entregar...


Ele sabia de detalhes como nome do chefe da moça - que citei na época - que foi seu subordinado no jornal O Globo...

Achou muito engraçado o episódio com traços bizarros que demonstravam claramente desequilíbrio da jornalista...

Expliquei que não é nada dirigido especificamente com O Globo, somente um episódio maluco que eu não pretendia estender...

Saltou no Leblon e pediu o numeral de minha placa para jogar no Bicho...

- Se cuida, juizo...


- Eu tenho, só não tenho é sorte mesmo...



Vida que segue...


Uma passageira entrou em meu Táxi em Movimento na quarta feira passada...

- Não acredito que finalmente tenha encontrado voce...

- Hein?


Olhei para a moça tentando recordar alguma porcaria que eu tenha providenciado...

- Quero te dar um abraço...

- Aguarda para quando terminar a corrida, por favor...

Ela acariciou meu braço e rememorou o que aconteceu há cerca de oito anos atrás e nos vimos por minutos...


Eu não lembrava de seu rosto...

Na época ela estava envolto em sangue...


Como sempre duvido de tudo, ela não deixou dúvidas a contar detalhes que eu nem lembrava mais...

Foi num domingo ao lado do Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes...

Ela foi assaltada por dois sujeitos que tentaram fugir numa motocicleta após roubarem seu celular...

No primeiro instante me parecia uma briga de casal até que ela sofreu agressão com soco no rosto...


Melhor eu não contar o resto...

Os sujeitos acabaram presos...

Na época contei o episódio completo no meu antigo blog que já não existe na Rede...


Ganhei o prometido abraço longo e...


Nenhum beijo...


Nem na bochecha...


Nenhum...


Necas de pitibiriba...


Ninguém me ama...

Agora, sem zoação, foi muito bacana reencontrar a moça...



Jorge Schweitzer








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