sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Especial Roberto Carlos na Globo 2008... E, recordações...










(sobrevôo de Helicóptero no Rio de Janeiro - 1967 - na gravação do Filme 'Roberto Carlos em Ritmo de Aventura')









Ontem, no Especial da Globo, Roberto Carlos cantou ‘Splish-Splash’...

Salvo engano foi seu primeiro sucesso...

Anterior ao ‘Calhambeque’...

Caramba, eu era criança...

Criança mesmo...

Daquelas que acabam de deixar de acreditar em Papai Noel...

Lembro das tardes de domingo “Jovem Guarda” na TV preto e branco da sala escura...

“Você pode confiar na Shell, mora!”...

Do Elefantinho; da calça Calhambeque; do anel Brucutu...

Anel Brucutu a gente tinha que roubar o esguicho do fusquinha do vizinho para mandar fazer um...

Da bota da Motinha...

Conheci o dono da loja Motinha...

Ele sempre me cumprimentava enquanto estacionava seu Del Rey na frente do prédio em que eu tinha escritório...

Ficava ali na Mem de Sá esquina com Gomes Freire...

Num dos vídeos do YouTube recentes que converso – zoando - com um amigo na Lapa mostro a loja e afirmo que vou entrevistar o dono da Motinha para me contar como recebia Roberto Carlos e Silvio Santos para confeccionar seus pisantes sob medida na década de 60...

Não deu tempo...

O dono da Motinha faleceu há pouco, já muito idoso...

Sua loja está em obra para se transformar em mais um bar elegante na Lapa revitalizada...

Pôs bueno...

“Eu vi um menino correndo...

Eu vi o tempo...

O sol ainda brilha na estrada que eu nunca passei...

Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista...

Estive no fundo de cada verdade encoberta...

Por isso esta voz tamanha”...

Roberto e Erasmo fizeram músicas sensacionais...

Não compreendo como Roberto caiu na armadilha imbecil de plagiar “O Careta”...

“O Careta” é medíocre...

As canções do Roberto embalaram meus namoros durante décadas...

No ano de 1974, conheci pessoalmente Roberto Carlos...

Eu já era casado; casei com 18 anos...

E trabalhava na Transbrasil no Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre...

Recebemos um telex (putz, alguém ainda sabe o que isto?) avisando que deveríamos escalar uma recepcionista para receber Roberto na pista...

Era um domingo à tarde...

Daí o problema, só homens estavam de plantão na Transbrasil...

Saí pelo aeroporto tentando convencer alguma moça bonita a vestir o uniforme da companhia...

Todas achavam que era uma espécie de cantada...

Somente uma acreditou...

Colocamos chapéu e um sobretudo (estava frio) na menina...

Quando ela viu Roberto Carlos descendo as escadas do avião ficou tão nervosa que não conseguia falar nada...

Como era um longo trajeto até o saguão tomei a iniciativa de ir conversando com Roberto...

Sem muito assunto, pedi um autógrafo para minha esposa e dei seu nome para ele fazer a dedicatória...

Ele perguntou meu nome e escreveu:

“Para meu amigo Jorge, um abraço, Roberto Carlos”...

E ficou morrendo de rir da minha ‘desculpa’ já que difícil acreditar que um menino fosse já casado...

Ah! Sim...

No especial de ontem, Roberto Carlos cantou uma das músicas que me marcou uma paixão descontrolada que durou dois anos acho que no início de 90...

“O Côncavo e o Convexo”...

A moça deve estar casada, ter filhos...

Elizabeth...

Era nossa música...

Num show do Roberto no Maracanãzinho, quando começaram os primeiros acordes a gente levantou da arquibancada e dançamos agarradinhos...

Será que ela me acompanha na Internet?

Se acompanha fica quietinha, existem inúmeras Betinhas neste Rio de meu Deus...

Será que Roberto Carlos lê blogs?

Roberto Carlos poderia dar uma entrevista para o “Táxi em Movimento”...

Até o momento só consegui entrevistar seu cover...

Fala Roberto...





Jorge Schweitzer




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3 comentários:

  1. Roberto Carlos, um fanho afinadinho. Cantor de caráter pernicioso ao agir involuntariamente como instrumento eficaz de alienação no período da ditadura. Agora canta com o agora "pop" Caetano "ex-militante", "ex-tropicália", "ex-globo-ditadura". O encontro de "ex-divergentes", agora alinhados pela "ditadura-mídia" Rede Globo de Alienação Televisiva.
    Duas retas se encontram no infinito... ou findam-se ao se encontrarem nos retos.
    Uma fraude e meia. Roberto Carlos e Caetano Veloso.
    Pelo menos a fraude RC ainda exalta a jovem gorda, ou melhor, a jovem guarda. Já a meia fraude Caetano Veloso, renegou sua origem rebelde e pisou sobre o hino "Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores" do Geraldo Vandré.
    Roberto Carlos, apesar do alisamento japonês e das roupas toscas, ainda é o mesmo fanho afinado de outrora. Já o Caetano... esse sim mudou da água para o mijo.

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  2. Roberto Carlos, o Rei, reinando absoluto há quase meio século, sendo retratado com fidelidade, carinho e reconhecimento pelo competente e romântico articulista, imerecidamente enxovalhado por um blognauta que faz seu julgamento muito particular, em descompasso com uma realidade incontestável, ao mesmo tempo em que, RC, apolítico, injustamente associado a dar cobertura a uma ditadura que retardou a implantação da atual cleptocracia, que não nos dá nem o direito de ouvir música dentro do Pálio no portão da nossa casa, como discorre a brilhante matéria supra, elaborada com riqueza de detalhes.
    Gostaria quem alguém, hoje, fizesse um depoimento sobre um membro, qualquer membro, unzinho membro só, componente da atual cleptocracia, como o feito dias destes, aqui neste espaço, sobre um honrado militar da era do Roberto Carlos, o saudoso Coronel Moura, que com certeza, heroicamente combateu bandos de cuequeiros travestidos de democratas.
    Finalizando, lembro que em meados de janeiro do ano da marolinha a cleptocracia implantada pós-ditadura comemorará o 1.000.000º (milionésimo assassinato), que o povo brasileiro respalda com aprovação superior a 70% e, a quem duvidar desta informação, basta consultar o assassinômetro disponível no link http://strangemansparadise.blogspot.com/2007/04/cadaveres-do-descaso-2.html
    Saudações cleptocráticas.

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  3. Aos apaixonados e aos súditos:
    Roberto “Apolítico” Carlos, usou durante o período de 1964 à 1985 tal alcunha afim de maquiar sua pérfida covardia. Um homem apolítico, alheio às transformações da época, em meio ao rio de sangue inocente, com os olhos fitos em seu redondo e grande umbigo a incitar os seus súditos a serem uma tremenda “brasa”, mora? Mesmo com o poder de comunicação que estava em suas mãos, preferiu esconder-se com o rabicó na mão.
    Eis alguns dos inocentes, entre mortos e desaparecidos, vítimas de tão maravilhoso regime:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/As_v%C3%ADtimas_do_Regime_Militar

    Convivo com militares a maior parte dos meus 365 dias no ano. Posso citar inúmeros militares honrados, entre eles o Ministro José Julio Pedrosa – Almte. de Esquadra. Mas sei bem separar as coisas e sei bem dos malefícios e da maldita herança deixada pela ditadura militar.

    Em tempo... conhece a piada da lógica e do português?
    É mais ou menos assim:

    Joaquim encontrou Manoel e lhe perguntou se conhecia a tal lógica.
    Manoel disse-lhe que não.
    Então Joaquim lhe ensinou:
    -Manoel, tens aquário?
    Manoel disse que sim.
    Continuou Joaquim:
    -Se tu tens aquário, então tens filhos?
    Outra resposta afirmativa de Manoel.
    Se tu tens filhos, quer dizer que és casado? – completou Joaquim.
    Manoel espantado meneou a cabeça positivamente.
    Se tu és casado, não és um viado!!! Concluiu Joaquim.
    Manoel boquiaberto, esforçou-se para guardar e lembrar o sistema da tal lógica
    Certo dia ao encontrar José, Manoel argüiu-lhe se conhecia a tal lógica:
    José você conhece a lógica?
    José respondeu que não.
    Então vou lhe ensinar. – respondeu Manoel.
    Tens aquário?
    Não.
    Então és um veado. – concluiu Manoel.

    Entendeu? Não?
    Essa foi a brilhante retórica lusa que o brilhante súdito do Rei do Alisamento Japonês utilizou para tentar fazer associação do fato de minha pessoa não concordar com o regime militar, com a conclusão que supostamente, seria eu simpático ao governo civil atual, que ele chama de “cleptocracia”.

    Por favor, por favor, uma salva de palmas!!! Bravo!!!

    Respeito a opinião alheia. Isso é fato. Embora, muitas vezes a minha opinião seja ridicularizada, graças ao governo cleptocrático civil, conforme o art. 5°, IV da CFB – “ é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”, posso emiti-la, gostando ou não os súditos do rei.
    Se políticas de abertura dos nossos bens e nossa terra ao domínio estrangeiro, torturas, exílio, mortes, aceleração da dívida externa, começo da inflação, maior taxa de analfabetos (em relação a atual), privação dos direitos democráticos e políticos, pena de morte, empobrecimento cultural, degeneração da educação pública, prisões descabidas, se todas essa coisas satisfazem a uma parte da população, beleza.... tudo bem.... opinião é como b... cada um tem a sua. Mas em detrimento de todas essas maravilhosas coisas, me é reservado o direito de defecar por cima de todas elas.

    OBS: Ah, sim, esqueci...

    Na lista que é encabeçada por Roberto Carlos em maiores vendedores de discos no Brasil, consta também, Xuxa e Ivete Sangalo (estas duas na era da Internet). Isso pode?

    Despeço-me cordialmente citando uma frase de Platão

    "(sic)…os tiranos são ditadores que ganham o controle social e político despótico pelo uso da força e da fraude. A intimidação, o terror e o desrespeito às liberdades civis estão entre os métodos usados para conquistar e manter o poder. A sucessão nesse estado de ilegalidade é sempre difícil".

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