Os episódios do seriado ‘Chaves’ foram gravados na década de 70...
Acho...
E continua um sucesso...
Eu mesmo demorei quinze anos para me render...
Na realidade nunca havia parado quieto na frente da TV para prestar atenção...
Achava um porcaria, não entendia como alguém podia gostar daquilo...
Mas é muito legal...
Cenários e figurinos são improvisados e paupérrimos...
Porém, os enredos têm início meio e fim...
Os diálogos são o mais formidável da encenação...
Reproduzem os ingredientes de nosso cotidiano e dificuldades comuns...
Um pai Seu Madruga que cria solitário – e sem reclamar de seu destino nem citar sua esposa para colaborar com pensão alimentícia - a filha Chiquinha e só vive enrolado com aluguel atrasado cobrado pelo Sr. Barriga...
Um Sr. Barriga proprietário dos casebres da vila que se irrita com os atrasos de aluguel, mas é incapaz de despejar o inquilino inadimplente...
Dona Florinda que protege o filho Kiko mimado que se veste com ridícula roupa de marinheiro americano...
Kiko que brinca na vila com o menino abandonado, Chaves...
Chaves e Kiko que acreditam que existe uma bruxa como vizinha...
Uma bruxa de mentirinha apaixonada pelo Sr. Madruga...
O professor Girafalis em paixão platônica por Dona Florinda...
Até aí tudo ótimo...
Só que...
Os responsáveis pela tradução dos diálogos atuais resolveram puxar o saco do Poder, provavelmente tentando agradar o dono do SBT a adular o governo atual...
Dia desses o professor Girafalis disse que Chaves não era inteligente por que não estudava ao contrário de Lula que foi aluno exemplar e acabou como presidente do Brasil...
Deve ser sacanagem...
Lula só se tornou presidente por se vangloriar - em palanque - de ser analfabeto funcional; faminto retirante pau-de-arara com pai cachaceiro que abandonou a mãe analfabeta completa; emigrante da caatinga e ter passado fome como Chaves que mora dentro de barril e vive sonhando com um sanduíche de presunto...
Fica parecendo que Chaves mexicano deve se abrigar dentro de barris de petróleo venezuelano do Hugo Chaves...
Hugo, o bizarro Chaves de mentira...
Jorge Schweitzer
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