Ontem um jornalista da Revista IstoÉ me ligou, falei do Caso Joanna...

 

 

 

 

 

O celular tocou...

Foi por volta das 19 horas de ontem...

A pessoa se identificou, pedi para repetir...

Era um jornalista da revista IstoÉ...

Tenho o número do telefone utilizado para contato que não era 'oculto', o final é 654...

Conversamos sobre o que ele queria saber...

Nem acho que deva reproduzir por aqui a pauta solicitada...

Não me considero relevante para qualquer pauta já que somente condutor de episódios como qualquer outra mídia...

Assunto encerrado resolvi abordar o Caso Joanna, lógico...

Ele sabia do que se tratava, evidente...

Não sabia do emperrado desfecho atual...

Falei sobre os juizes que atualmente patrões do processo...

Ele conhece cada um e até me esmiuçou casos recentes em que estiveram envolvidos, confirmando ter proximidade com informações...

Pedi que a IstoÉ, que já estampou extensas matérias sobre a morte da menina Joanna, voltasse a pauta...

Comentei de como a mídia se tem mostrado acanhada em emparedar o criminoso André Rodrigues Marins, serventuário judicial, que tem proximidade com o poder que deveria puní-lo...

Descrevi que, provável, que todas a imprensa tema retaliação do Judiciário se alguém ousar insistir na divulgação do Caso Joanna Marcenal...

Repeti cada detalhe do calvário da menina Joanna; a confissão - em entrevista coletiva em rede nacional - do assassino André Rodrigues Marins confirmando que amarrava a criança pelos pés e mãos sobre fezes e urina; o testemunho da babá que presenciou os últimos dias da vítima e a inacreditável dedução de um magistrado - derrubada logo após por uma bancada inteira de desembargadores por unanimidade - de que o criminoso torturou mas não matou e o caso chegou a ser abordado pela Comissão de Direitos Humanos da Alerj mas não deu em nada...

Ele quis saber o nome do juiz...

Repassei...

Disse-lhe que a promotora do Caso Joanna tem se mostrado titubeante e sem energia necessária para representar a vítima e cobrar Justiça...

Ficou de averiguar...

Não sei se possuirá necessárias condições para relembrar o Caso Joanna nas páginas da IstoÉ...

Possível que após eu publicar este contato a IstoÉ receba ligação na redação desencorajando matérias sobre o Caso Joanna...

Não importa...

Nunca iremos desperdiçar nenhuma oportunidade que se apresentar para lembrarmos da menina Joanna Marcenal...

Nossa questão de honra...

Mas...

Quando o Juri Popular for marcado a imprensa inteira centrará holofotes em direção à tragédia inacreditável da menina torturada e morta que o Judiciário nos deixa a vontade para imaginarmos que tentam encobrir...

Não há como evitar que este dia chegue...

Chegará...

Pode ser até que um ou outro de nós já não esteja mais por aqui para presenciar...

Sem problemas...

Estarão tantos outros quanto a contundência da nossa indignação necessite ecoar...


Tenham completa certeza...

Quando tudo isto acabar nos reuniremos na frente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro  em silêncio para assistirmos os assassinos a caminho do Complexo de Gericinó...

E nunca mais volto a pronunciar o nome dos pulhas desgraçados que mataram Joanna Marcenal...

Prometo...

Quer dizer, a menos que Vanessa Maia Furtado e André Rodrigues Marins resolvam fugir da Talavera Bruce e Bangu 8,  respectivamente...

Melhor não...





Jorge Schweitzer