quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Vídeo mostra a médica Miriam Gameiro de Carvalho gritando e rasgando ficha de criança em SP
Vídeo mostra médica gritando e rasgando ficha de criança em SP
Secretaria diz que sindicância pode terminar em exoneração da médica.
Caso ocorreu no Hospital Geral de Vila Penteado, na capital paulista.
Do G1 São Paulo
Um vídeo gravado pelo pai de uma paciente no Hospital Geral de Vila Penteado no sábado (21) e postado no Facebook mostra a médica Miriam Gameiro de Carvalho gritando, discutindo com enfermeiros e depois rasgando a ficha de uma criança.
Após a divulgação das imagens, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) disse que a médica foi afastada e uma sindicância pode levar à exoneração da pediatra.
O G1 tentou falar com a médica através do número do celular, mas não conseguiu contato.
O vídeo, que estava disponível no perfil de uma parente da criança, foi retirado do ar no começo da tarde.
Responsável por registrar as imagens, o limpador de vidros Ednei Brandão de Souza, de 36 anos, conta que levou sua filha, de 4 anos, ao hospital, na Zona Norte da capital paulista, por volta da 0h30, porque ela apresentava dor de garganta e febre de 38,5ºC.
Segundo o pai, o atendimento era realizado normalmente até a pediatra se desentender com a mãe de uma outra paciente.
Ele afirma que Miriam teria se negado a atender a outra menina, alegando que o caso dela, uma infecção no ouvido, não seria grave.
A médica, então, começou uma discussão aos gritos com a mãe da criança pelos corredores do hospital.
Souza disse que ficou surpreso com a reação da pediatra e decidiu gravar a briga com o celular.
De acordo com o limpador de vidros, ao ver que estava sendo filmada, a médica se irritou ainda mais, rasgou a ficha médica de sua filha e impediu que a enfermeira aplicasse o medicamento (benzetacil) na criança.
O pai conta que a médica chegou a puxá-lo pela camisa para pegar o celular e apagar a gravação.
A pediatra só se conteve após outro paciente intervir, segundo ele.
Uma funcionária do hospital, que não quis se identificar, informou que a médica trabalha no hospital estadual há pelo menos 15 anos e faz o plantão das 19h às 7h.
Imagens
As imagens postadas no Facebook começam mostrando o pai pegando a filha de 4 anos no colo.
Ao fundo gritos são ouvidos e alguém diz que a criança deve deitar para tomar a medicação.
O pai caminha pelo corredor e são ouvidos gritos de “vagabunda” e “safada”.
A médica, vestida com calça jeans e uma blusa colorida, diz aos gritos para uma enfermeira: “você viu o que você fez? Cadê a menina? Eu faço escândalo”. “Agrediu a senhora?”, pergunta a enfermeira.
“Não. Você pôs para dentro que eu faço escândalo. Eu faço escândalo, você não me conhece. Todas as vezes que entra aqui dentro é isso que acontece. Eu grito”, responde a médica.
“Eu não sabia”, alega a enfermeira .
“Pera que eu vou medicar”, diz a enfermeira.
Na sequência a médica aparece dizendo: “chama a polícia que eu estou acostumada. Eu já fiz vários processos. Vários. Chama, chama. Já fui no DP várias, várias vezes. Eu estou acostumada”, afirma.
O pai diz para a médica: “doutora, a senhora está assustando minha filha”.
“Leva ela. Faz 'com' a medicação”, diz a médica.
Na sequência do vídeo, o pai diz que está filmando, a mulher diz para “filmar mesmo” e avisa que “vai quebrar o celular”.
“Pode quebrar, a senhora está me agredindo eu vou processar a senhora por isso”, responde o pai.
“Processa, processa”, retruca a médica.
O pai diz que a médica o agrediu e ela confirma.
A médica, então, rasga a ficha da paciente.
Nota da secretaria
Veja abaixo a íntegra da nota da secretaria:
"O Hospital Geral de Vila Penteado esclarece que afastou a médica das atividades exercidas na unidade, após o episódio envolvendo o atendimento da menor K.S.B.S. Também foi aberta uma sindicância interna, para apurar as circunstâncias do atendimento, que poderá resultar, inclusive, na exoneração da profissional do quadro efetivo da unidade, bem como no direcionamento do caso ao Conselho Regional de Medicina (CRM), instância competente para aplicações de sanções ou de punições. O Hospital Geral de Vila Penteado ainda informa que todos os funcionários da unidade são orientados a tratar os pacientes com respeito e cordialidade. A direção da unidade considera inadmissível esse tipo de atitude antiprofissional, que desrespeita o paciente e os demais colegas de trabalho."
PS: Registrar imagens desses eventos comuns em ambulatórios públicos ajudam a mostrar a qualidade de atendimento proporcionada por profissionais que se acham acima do bem e do mal e donos da vida e morte dos desvalidos do SUS... Que venham os cubanos! JS
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Realmente esse caso precisa ser avaliado inclusive por um psiquiatra...
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