quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Caso Joanna: Aviso aos Navegantes
Tenho diminuído o ritmo de postagens por razões que não devo explicar por enquanto...
Porém, tenha certeza, não vou parar...
E, somente hoje soube que o blogueiro Ricardo Gama foi condenado a prisão por crime de opinião contra Cidinha Campos, atual deputada estadual e secretária do governo Sérgio Cabral...
Não sei detalhes sobre, mas evidente que abre-se precedente que intimida a liberdade de expressão na rede...
Os poderes associados tudo podem calçados em alguma letra da lei conveniente...
Curioso é a deputada estadual Cidinha Campos patrocinar censura apesar de seu ciscurso que nos comoveu ao narrar a tragédia de Joanna Marcenal atacando destemida os algozes da menina e seus padrinhos protetores...
Mas, pode ser que Ricardo Gama não tenha avaliado a possibilidade de ser preso...
Mas, eu sempre considerei todas hipóteses, inclusive minha prisão....
E, juro, isto não me tira o sono ou declaro isto para promover comoção solidária em hipótese alguma...
Não recuo um milímetro...
Hoje vi poucos comentários no blog do Ricardo Gama rezando solidariedade absoluta e que haveria protesto caso ele seja preso...
Não creio que alguém irá se arriscar para defender Ricardo Gama que somente ainda não começou a cumprir pena em razão de ter operado o crânio em consequência dos tiros que tomou na cabeça no atentado que até hoje a polícia não ousou investigar...
Ocorre que a platéia idolatra destemidos solitários que quando alvejados experimentam abandono óbvio...
E, não analizo ninguém por esta sua lógica inércia...
Todos temos nossos afazeres do dia seguinte; nossos filhos para criar; nossos temores pelo poder desconhecido emaranhado sustentados por carteiraços brandidos no ar...
Temos medo de perder a liberdade de saborear saboroso açaí na próxima esquina olhando o tempo passar ou passeio paradisíaco desfrutando da brisa do mar...
Temos pavor de todos tribunais mesmo sob acusações indescentes...
Agora, eu me preparei fisicamente para todas intempéries quando capturei alguma causa que considerei justa...
Não me foi dado direito de retroceder...
Até já brinquei por aqui que sou Caronte, cozinheiro Segal ou Samuel Jackson em Pulp Fiction...
E, já me descreveram como o jornalista do 'el secreto de sus ojos' ou o Travis de Taxi Driver...
Que nada...
Sou muito pior...
Se os bandidos que mataram Joanna querem nos implantar terror lhes devolveremos um pesadelo sem fim...
Jorge Schweitzer
Suicida é corajoso perante a morte e covarde perante a vida
A frase acima não é minha...
Nem sei de quem é...
Possível que adaptação de alguma tese psicanalítica...
Ontem eu passava pela Rua Paissandu, no Flamengo, quando vi aglomeração por entre carros de reportagem, patrulhas da PM e rabecão...
Era mais uma catástrofe familiar onde todos aparecem mortos no mesmo cenário...
A primeira hipótese sempre aponta para dificuldades financeiras...
O ter e o ser em pleno confronto...
Nascemos sem nada e somos adestrados a acumular até que isto seja mais importante do que viver...
Criamos cercados, aquirimos almofadas, telas e armários empurrando afetos para segundo plano...
Inevitável que a cada divulgação destes suicídios impulsione novas tragédias empilhando cadáveres em nosso cotidiano...
Impossível que religiosidade atual que prega prosperidade compulsiva sirva para acalentar espíritos atormentados...
Talvez a humanidade chegue numa encruzilhada onde a solidariedade descompromissada seja o único atalho pleno para a felicidade...
Enquanto isto continuamos sepultando as próximas vítimas da idolatria da riqueza...
Jorge Schweitzer
Vídeo mostra a médica Miriam Gameiro de Carvalho gritando e rasgando ficha de criança em SP
Vídeo mostra médica gritando e rasgando ficha de criança em SP
Secretaria diz que sindicância pode terminar em exoneração da médica.
Caso ocorreu no Hospital Geral de Vila Penteado, na capital paulista.
Do G1 São Paulo
Um vídeo gravado pelo pai de uma paciente no Hospital Geral de Vila Penteado no sábado (21) e postado no Facebook mostra a médica Miriam Gameiro de Carvalho gritando, discutindo com enfermeiros e depois rasgando a ficha de uma criança.
Após a divulgação das imagens, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) disse que a médica foi afastada e uma sindicância pode levar à exoneração da pediatra.
O G1 tentou falar com a médica através do número do celular, mas não conseguiu contato.
O vídeo, que estava disponível no perfil de uma parente da criança, foi retirado do ar no começo da tarde.
Responsável por registrar as imagens, o limpador de vidros Ednei Brandão de Souza, de 36 anos, conta que levou sua filha, de 4 anos, ao hospital, na Zona Norte da capital paulista, por volta da 0h30, porque ela apresentava dor de garganta e febre de 38,5ºC.
Segundo o pai, o atendimento era realizado normalmente até a pediatra se desentender com a mãe de uma outra paciente.
Ele afirma que Miriam teria se negado a atender a outra menina, alegando que o caso dela, uma infecção no ouvido, não seria grave.
A médica, então, começou uma discussão aos gritos com a mãe da criança pelos corredores do hospital.
Souza disse que ficou surpreso com a reação da pediatra e decidiu gravar a briga com o celular.
De acordo com o limpador de vidros, ao ver que estava sendo filmada, a médica se irritou ainda mais, rasgou a ficha médica de sua filha e impediu que a enfermeira aplicasse o medicamento (benzetacil) na criança.
O pai conta que a médica chegou a puxá-lo pela camisa para pegar o celular e apagar a gravação.
A pediatra só se conteve após outro paciente intervir, segundo ele.
Uma funcionária do hospital, que não quis se identificar, informou que a médica trabalha no hospital estadual há pelo menos 15 anos e faz o plantão das 19h às 7h.
Imagens
As imagens postadas no Facebook começam mostrando o pai pegando a filha de 4 anos no colo.
Ao fundo gritos são ouvidos e alguém diz que a criança deve deitar para tomar a medicação.
O pai caminha pelo corredor e são ouvidos gritos de “vagabunda” e “safada”.
A médica, vestida com calça jeans e uma blusa colorida, diz aos gritos para uma enfermeira: “você viu o que você fez? Cadê a menina? Eu faço escândalo”. “Agrediu a senhora?”, pergunta a enfermeira.
“Não. Você pôs para dentro que eu faço escândalo. Eu faço escândalo, você não me conhece. Todas as vezes que entra aqui dentro é isso que acontece. Eu grito”, responde a médica.
“Eu não sabia”, alega a enfermeira .
“Pera que eu vou medicar”, diz a enfermeira.
Na sequência a médica aparece dizendo: “chama a polícia que eu estou acostumada. Eu já fiz vários processos. Vários. Chama, chama. Já fui no DP várias, várias vezes. Eu estou acostumada”, afirma.
O pai diz para a médica: “doutora, a senhora está assustando minha filha”.
“Leva ela. Faz 'com' a medicação”, diz a médica.
Na sequência do vídeo, o pai diz que está filmando, a mulher diz para “filmar mesmo” e avisa que “vai quebrar o celular”.
“Pode quebrar, a senhora está me agredindo eu vou processar a senhora por isso”, responde o pai.
“Processa, processa”, retruca a médica.
O pai diz que a médica o agrediu e ela confirma.
A médica, então, rasga a ficha da paciente.
Nota da secretaria
Veja abaixo a íntegra da nota da secretaria:
"O Hospital Geral de Vila Penteado esclarece que afastou a médica das atividades exercidas na unidade, após o episódio envolvendo o atendimento da menor K.S.B.S. Também foi aberta uma sindicância interna, para apurar as circunstâncias do atendimento, que poderá resultar, inclusive, na exoneração da profissional do quadro efetivo da unidade, bem como no direcionamento do caso ao Conselho Regional de Medicina (CRM), instância competente para aplicações de sanções ou de punições. O Hospital Geral de Vila Penteado ainda informa que todos os funcionários da unidade são orientados a tratar os pacientes com respeito e cordialidade. A direção da unidade considera inadmissível esse tipo de atitude antiprofissional, que desrespeita o paciente e os demais colegas de trabalho."
PS: Registrar imagens desses eventos comuns em ambulatórios públicos ajudam a mostrar a qualidade de atendimento proporcionada por profissionais que se acham acima do bem e do mal e donos da vida e morte dos desvalidos do SUS... Que venham os cubanos! JS
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Leonardo Drummond, funcionário do jornal O Globo de 58 anos, esfaqueou a mulher, Suzete Souza, de 66, e a filha do casal Bárbara Souza, de 27, antes de se matar
Mãe, pai e filha são achados mortos no Flamengo, no Rio, diz polícia
Família morava no apartamento havia cerca de 6 meses, segundo vizinhos.
Segundo a polícia, homem esfaqueou mulher e a filha e depois se matou.
Cristiane Cardoso
Do G1 Rio
Três pessoas da mesma família foram encontradas mortas em um apartamento no número 25 da Rua Paissandu, no Flamengo, na Zona Sul do Rio, na manhã desta terça-feira (24).
Segundo a polícia, Leonardo Drummond, de 58 anos, esfaqueou a mulher, Suzete Souza, de 66, e a filha do casal Bárbara Souza, de 27, portadora de necessidades especiais.
Leonardo se matou em seguida, também com facada.
A Divisão de Homicídios (DH) vai pedir imagens do circuito interno do prédio para concluir as investigações.
O crime teria ocorrido por volta das 10h desta terça.
A empregada da casa acionou a polícia ao não conseguir entrar.
Os corpos de Suzete e de Bárbara estavam em camas, em quartos separados.
Drummond foi encontrado na sala.
A família morava no apartamento havia cerca de seis meses, segundo vizinhos, e era muito reservada.
Uma equipe da Divisão de Homicídios, comandada pelo delegado Clemente Braune, foi encaminhada ao local.
O carro do Instituto Médico-Legal chegou por volta das 14h.
Leonardo Drummond era diagramador do jornal "O Globo".
Márcia Helena Rodrigues Pereira, que trabalha no mesmo prédio há dois anos e meio, disse que não conhecia pessoalmente a família, mas que via a rotina de pai, mãe e filha todos os dias.
Ela afirmou que o clima no prédio é de tristeza.
"Ninguém esperava por uma coisa dessas", disse ela.
"Conhecia o casal de vista, eles moravam aqui há seis ou sete meses. Mas ninguém tinha intimidade com eles", declarou Margarida Elizabeth Meireles, 51 anos, que é corretora e mora no quarto andar do prédio.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Guido Palomba, psiquiatra forense, compara Marcelo Pesseghini a Dom Quixote de La Mancha
Laudo aponta doença mental e compara filho de PMs a Dom Quixote
Psicopatologia fez Marcelo Pesseghini ter delírios e confundir realidade.
Lesão cerebral e jogos violentos contribuíram para crimes, diz documento.
Kleber Tomaz
Do G1 São Paulo
O laudo psiquiátrico sobre o perfil de Marcelo Pesseghini aponta que complicações de uma doença mental aliadas a fatores externos levaram o adolescente de 13 anos a matar toda a família e cometer suicídio em 5 de agosto em São Paulo.
De acordo com o documento, o estudante sofria de uma “encefalopatia hipóxica” (falta de oxigenação no cérebro) que o fez desenvolver um "delírio encapsulado” (tinha ideias delirantes). E que também foi influenciado por games violentos.
Assinado pelo psiquiatra forense Guido Palomba, o laudo compara essa perda da noção de realidade vivida por Pesseghini com a do personagem Dom Quixote.
No livro, o personagem de Miguel de Cervantes y Saavedra começa ler romances e perde o juízo.
Acredita que as histórias que leu foram reais e decide se tornar um cavaleiro andante e parte pelo mundo para viver seu próprio romance.
O laudo aponta que, durante uma complicação em um procedimento hospitalar aos 2 anos de idade, Marcelo ficou momentaneamente sem oxigênio no cérebro e sofreu uma lesão hospitalar.
Após o ocorrido, Marcelo sofreu a encefalopatia e passou a ter delírios, inclusive na adolescência.
De acordo com o laudo, recentemente Marcelo confundiu ficção com realidade e quis se tornar justiceiro.
Ele criou um grupo imaginário de assassinos de aluguel e passou a usar um capuz, tudo isso inspirado no personagem de um videogame violento.
Para concretizar seu sonho, no entanto, era preciso eliminar alguns “obstáculos”: seus familiares superprotetores, de acordo com o laudo.
Depois disso, como seus amigos de escola não acreditaram que Marcelo assassinou a família e não quiseram fugir com ele, o psiquiatra avalia que ele se matou, “não por arrependimento, mas por fracasso”.
O G1 teve acesso ao perfil psicológico do adolescente feito a pedido da Polícia Civil.
O documento, concluído na quarta-feira (18), tem o objetivo de saber o que levou Marcelo a usar a pistola .40 da mãe para executar os pais, que eram policiais militares, a avó materna e a tia-avó, e se matar depois.
O laudo concluiu que “a motivação do crime foi psicopatológica”.
O relatório já está com o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para ser anexado ao inquérito, que irá concluir que o adolescente matou a família e se suicidiou.
O prazo para a conclusão do inquérito já expirou e foi prorrogado até 5 de outubro - e poderá ser prorrogado novamente por mais 30 dias.
As 35 páginas do chamado “exame de insanidade mental póstumo retrospectivo” foram feitas a partir de análises baseadas em depoimentos e entrevistas de testemunhas que conviveram com Marcelo - médicos que cuidavam dele, colegas de classe, professores, outros parentes e exames periciais sobre as mortes.
O documento sustenta a tese da investigação: Marcelo matou o pai, o sargento das Rondas Tobias de Aguiar (Rota), Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos; a mãe, a cabo Andréia Bovo Pesseghini, de 36; a avó-materna Benedita de Oliveira Bovo, 65; e a tia-avó Bernadete Oliveira da Silva, 55.
Depois, o adolescente dirigiu o carro da mãe até uma rua próxima ao colégio onde estudava, dormiu dentro do veículo, e foi para a aula.
Lá, contou para os amigos que havia matado a família, mas ninguém acreditou. Em seguida, voltou para a residência e se matou.
Veja abaixo trechos e detalhes da "perícia psiquiátrica":
Encefalopatia hipóxica
De acordo com o laudo, Marcelo, que havia nascido com fibrose cística (doença genética que afeta o funcionamento de secreções do corpo, levando a problemas nos pulmões e no sistema digestivo; ela não tem cura e pode levar à morte precoce), teve pneumotórax (ar na cavidade pleural) perto dos 2 anos de idade durante um procedimento hospitalar.
Em decorrência disso, teve encefalopatia hipóxica, que o deixou sem oxigênio no cérebro, “lesando os neurônios”.
“Cérebro lesado em tenra idade é sinônimo de psiquismo com transtorno. As lesões cerebrais em tenra idade, por hipóxia, causam a chamada encefalopatia”, relata o laudo. “Marcelo era encefalopata”, informa o laudo.
Encefalopatas costumam apresentar frieza afetiva, insensibilidade moral, indiferença, ausência de sentimentos (piedade, compaixão, remorso), premeditação doentia, conservam outras esferas sociais, obsessão etc.
'Delírio encapsulado'
Ainda segundo o documento, essa lesão cerebral na infância, a encefalopatia hipóxica, que privou o cérebro de Marcelo de oxigenação, desencadeou tempos depois ideias delirantes “nas quais a imaginação e a realidade se misturam morbidamente”, mesmo na adolescência.
O nome disso, segundo o laudo, é “delírio encapsulado”.
A inteligência dele, no entanto, não foi afetada, tanto é que era considerado um bom aluno.
Games
O laudo aponta que, neste ano, esse quadro de delírios se agravou quando Marcelo quis se tornar um justiceiro, um matador de aluguel de corruptos, inspirado no game "Assassin’s Creed".
Um mês antes dos crimes, o estudante passou a usar a imagem do assassino do jogo no seu perfil do Facebook, e começou a usar um capuz como o personagem Desmond Miles - um barman que volta no tempo na pele de seus ancestrais.
Com isso, encarna o matador Altair e se envolve na guerra entre assassinos e templários ao longo de diversos eventos históricos.
“Aí vieram os games, em uma época em que já tinha familiaridade com as armas de verdade. Nasceu o desejo de tornar-se um herói, mais importante que seus próprios pais”, informa o laudo.
“Assim, despontou a sua realidade, não mais fictícia como nos videojogos, cujos atores sempre retornam à vida, mas um mundo real que lhe satisfazia o sentimento de ser um justiceiro de verdade”, aponta o laudo.
Os Mercenários
O laudo indica que Marcelo também começou a convidar amigos para fazer parte de um grupo criado por ele: Os Mercenários.
“Seus membros seriam justiceiros, matadores de corruptos”, informa o laudo.
“Nesse contexto lhe era familiar o conceito de justiceiro, pois seus pais eram policiais, que falavam em prisão, de cujo tipo de ação Marcelo se vangloriava, tanto é que contava aos amigos da escola”.
Os pais tinham ensinado Marcelo a atirar com uma arma de verdade e dirigir carros.
Há relatos de testemunhas de que ele atirava bem.
Chegou a ter espingarda de chumbinho, mas ela foi retirada pela mãe porque atirava em animais e não num alvo de isopor.
Antes do crime, o garoto também relatou a amigos que ficou triste por não ter conseguido matar a avó com uma flechada.
“A profissão dos pais o marcou e fazia parte de seu imaginário. Além disso, a morte a vida, já por sua doença degenerativa, já por ser inerente à ação policial, não lhe eram distantes. Marcelo convivia nesse ambiente, nessa atmosfera”, diz o laudo.
Família
Segundo o laudo, para se tornar um herói, Marcelo precisava superar um “obstáculo”: seus pais superprotetores não o deixariam realizar seu sonho.
“Contudo, era tímido e infantil, com a saúde fragilizada, vivia sob a superproteção dos pais. Talvez para compensar a grave doença de que padecia, seus pais exageraram certos aspectos, tratando-o como adulto, ensinando-o a atirar e a guiar automóvel”, diz o laudo.
“Então, matou-os e assassinou os outros dois familiares na sequência, que também exerciam controle sobre ele”.
Segundo o laudo, a doença de Marcelo não foi percebida por adultos porque ele não contava suas “ideias mórbidas” a eles, mas sim aos colegas, de sua idade, que não o levavam “à sério”.
“Esse delírio circunscrito a esse tema, encapsulado, como se fosse um câncer que pega parte do órgão, não o todo”, diz o laudo.
Dom Quixote O laudo psiquiátrico compara Marcelo ao personagem Dom Quixote de La Mancha, do escritor espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra.
O documento aborda que o adolescente e o herói da obra literária viviam num “mundo imaginado”.
No livro, Dom Quixote é um velho que começa ler romances e perde o juízo.
Acredita que as histórias que leu foram reais e decide se tornar um cavaleiro andante e parte pelo mundo para viver seu próprio romance.
“Ao matar os familiares viu-se livre para o mundo imaginado, tornou-se de fato um justiceiro e forniu a mochila com perfume, uma calça, uma faca, um pequeno revólver e alguns rolos de papel higiênico – isso porque sabia que sem medicação (sua mochila não tinha remédios) sofreria diarréias e secreções, dadas as graves lesões pancreática e pulmonar – e saiu para dar andamento ao seu ideal quixotesco, na acepção exata do termo”, diz o laudo.
“Recordando, Dom Quixote perdeu a razão depois de ler muitos livros de cavalaria (Marcelo depois de muitos videojogos) e partiu para se tornar um cavaleiro errante (Marcelo, justiceiro errante). O automóvel de Marcelo no lugar do cavalo Rocinante; a faca e o revólver em vez da lança e do escudo; Sancho Pança (o escudeiro) seria os amigos da escola, convidados no dia seguinte; a saída de Dom Quixote de um lugar de La Mancha, tal qual Marcelo de casa. E em ambos, a empreitada que daria realidade a um ideal justiceiro e andante, com a diferença de que Dom Quixote tinha por amada Dulcineia de El Tobos e Marcelo nunca namorara”, diz o trecho do laudo.
Em outro trecho, ainda sobre a comparação entre Marcelo e Dom Quixote, o laudo informa outra coisa em comum.
“E ainda mais, o fim de ambos é igual em um ponto: ao retornarem ao lugar de origem, sentiram-se fracassados; porém, o cavaleiro andante morreu de tristeza e o justiceiro andante se suicidou, como se verá na sequência”.
Suicídio
De acordo com o laudo, Marcelo não sentiu nenhum sentimento de culpa ao matar os pais e ir para a escola logo em seguida dirigindo o carro da mãe.
“Livre, completamente livre pela primeira vez na vida, tornou-se, para si mesmo, alguém poderoso como imaginara. Saiu sozinho de carro à noite! Estacionou, dormiu e foi ao colégio completamente indiferente às mortes da véspera. Aquele seria o seu último dia de aula. Faltava convidar os amigos do Clube dos Mercenários para, juntos, seguirem em frente”.
De acordo com a análise psiquiátrica, Marcelo se sentiu impotente diante do fato de seus amigos de escola, que formavam os Mercenários, não acreditarem que ele matou a família.
“Terminada a aula, decepcionado, sem coragem para seguir sozinho rumo ao grande ideal, pegou carona com o pai de um amigo e, de volta à casa, sem os seguidores e sem o carro (ficou parado na rua perto da escola), toda a sua fantástica realidade (ideias delirantes) ruiu completamente”.
De volta para casa, segundo o laudo, Marcelo então começou a se sentir um fracassado por não ter conseguido levar adiante seu plano de se tornar um justiceiro e sair com o Os Mercenários pelo mundo.
“Por cima do monte de entulho sobrevém a cena de imobilidade e morte dos pais. Então, não por arrependimento, mas por fracasso, com a mão esquerda (era canhoto) deu um tiro no próprio ouvido, com a mesma simplicidade que dava tiros nos games, nos quais as pessoas “mortas” sempre apareciam de novo”, aponta o laudo.
O laudo ainda indica que a doença mental de Marcelo causou “um evidente estancamento na fase infantil, pois seus ideais delirantes eram simples, pueris, pouco elaborados.”
“É o que ocorre, guardadas as proporções, com o psiquismo de todas as crianças de pouca idade, em que fantasia e realidade ainda permanecem amalgamadas: quando vestem a máscara de leão, não se acham seres mascarados, mas o próprio leão. Em Marcelo, a máscara era a de justiceiro errante”, finaliza o laudo.
PS: Não alcanço a razão para o psiquiatra Guido Palomba ter escalado exatamente o Dom Quixote para exemplificação, nem me ocorrendo que ele se pareça fisicamente com o personagem descrito por Miguel Cervantes... De qualquer forma, dr. Palomba poderia ter se esquivado deste paralelo centrando sua análise na doença que ele diz ter diagnosticado e suas características para que pais e responsáveis possam tentar identificá-las em seus filhos... Dr. Guido Palomba, da forma que aborda o comportamento de M arcelo Pesseghini, tanto poderia tê-lo comparado a figura do Dom Quixote quanto do Rintintin; do Batman; do Nacional Kid; do Tom & Jerry ou o Patati Patatá; já que toda criança delira criando um mundo paralelo de brincadeira e até mesmo amigos imaginários... A menos que seja esta mesma a intenção, se seguirmos a risca o que o dr. Guido Palomba descreve está instalado o caos e todos consultórios psiquiátricos estarão entulhados de pais desesperados levando seus filhos para avaliação psicológica... É uma irresponsabilidade fazer ilações generalizadas de um crime brutal utilizando uma ficção como exemplo clássico e introduzindo o pânico... Jorge Schweitzer
domingo, 22 de setembro de 2013
Daniele Suzuki beija filho de 2 anos na boca na Prainha RJ
Não sei se a Daniele Suzuki dança, canta, sapateia ou interpreta - também não faz a menor diferença eu desconhecer o que ela faz na vida - mas hoje encontrei várias fotos desta moça com seu filho na Prainha aqui no Rio de Janeiro...
E, numa delas ela dá um beijo na boca do seu filho de 2 anos de idade...
Sinceramente que não vejo nenhuma necessidade deste tipo de demonstração de carinho com uma criança mesmo que sendo filho...
Completamente desnecessário...
Jorge Schweitzer
Cantor Naldo e Mulher Moranguinho casam amanhã, 23/setembro/13, em Jacarepaguá; festa terá bolo de cenoura, gelatina de uva e performance do cantor Belo... Credo!
Na primeira foto Naldo com sua atual noiva Moranga e na segunda o mesmo Naldo com sua esposa anterior Branka Silva, quando ele era segurança do super mercado Mundial e ela vendia paçoca na feira para ajudar no orçamento...
A festa de casamento amanhã terá performance do cantor Belo se vingando já que Naldo cantou no seu com a rainha de bateria Gracyenne...
No meio das curiosidades dos preparativos o estilista Geraldo Couto, que confecciona o vestido da noiva, afirma que o corpo da Moranguinha 'não é muito fácil de trabalhar'...
Não sei o que ele quis dizer com isto...
Deve ser pelo formato da Moranga...
Falando, nisto acho que estou misturando tudo ao identificar Moranga, Morango, Moranguinho, e Moranguinha como mesmo arbusto...
Acho que Moranga é aquele porongo que a gente usar para fazer cuia de chimarrão; Morango é alguma coisa parecida com abóbora; Moranguinho é aquela fruta vermelha e Moranguinha é dançarina de funk que irá se casar com direito a todo pompa e circunstância e um oficial de justiça para dar voz de prisão ao cônjuge caso ele não acerte os 90 mil que deve ao filho Pablo que está louquinho para estragar o rega bofe...
Aguardemos...
Jorge Schweitzer
sábado, 21 de setembro de 2013
Matheus Brasão, de 24 anos, morre após seu carro chocar-se contra poste na altura do Clube Caiçaras, Lagoa Rodrigo de Freitas RJ
RIO — Um acidente na Zona Sul da cidade deixou um morto na madrugada deste sábado.
O carro se chocou contra um poste na Avenida Epitácio Pessoa, na altura do Clube Caiçaras, por volta das 5h45m.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima foi identificada como Matheus Brasão, de 24 anos.
O jovem morreu no local.
Segundo o Centro de Operações da prefeitura, o trecho da via chegou a ser interditado, mas foi liberado por volta de 11h.
Entrevista de Suzy Pianista no Agora é Tarde... Rita Tibes diz que entrou no programa "meio bêbada" de saquê...
Ontem assisti a entrevista da Rita Tibes, a Suzy Pianista, no Agora é Tarde do Danilo Gentili...
E, hoje entrei no blog da Suzy, que eu ainda não conhecia, e encontrei seu comentário sobre a entrevista:
"Gravação do Agora é Tarde!
Tudo o que aconteceu nos bastidores...
Hello, my little drugs!
Voltei hoje da gravação do programa do Danilo e foi super legal.
Produção muito bacana, me tratou super bem. Ao chegar no estúdio e descer do carro, vejo uma galera atrás de uma cerca...
Perguntei a Ale (moça da produção) quem eram eles... era a platéia!
A platéia mais fofusca que eu já vi! Pura animação e muita energia positiva, fui bem recepcionada, adorei!!!
Não sabia que a produção do Pânico ficava no mesmo local (burra!!! É programa da Band também!) acabei cruzando com a lindíssima Sabrina Sato e me apresentei como sua prima pobre...
Vi algumas panicats e conheci parte da galera do CQC.
Curti muito o Murilo Couto, o carinha que vai pro motel com animais, cadáveres e tudo o que há de mais bizarro...
Um ídolo, neam???
Fiquei ansiosa para entrar no ar (e voar!) , então a Ale me deu saquê e entrei no programa meio bêbada!
Meio que quase tropeçando nos degraus...
Só sei que vi tudo girar e nada mais me lembro!
Como sou uma trolladora de primeira, não pude deixar de trollar nosso queridíssimo arranha-céu-humano (apelido carinhoso que atribuo ao Danilo).
Acreditem, deixei o moleque desconcertado!"
http://pianistasexy.blogspot.com.br/
Então é isto...
Nada comento...
A não ser que a própria Suzy me pergunte...
Jorge Schweitzer
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