quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Página em rede social cobra soluções para assassinato de skatista Giselle Alves em Paraty






Paraty – Uma página criada no Facebook por uma amiga da skatista Giselle Alves, de 33 anos, assassinada no último dia 30, em Paraty, está cobrando soluções das autoridades para o crime. É que desde o assassinato de Giselle ninguém foi preso e a polícia também não divulgou se há um suspeito do homicídio. A página ganhou o nome de “Justiça por Giselle Alves” e já conta com mais de 450 curtidas.

Giselle era reconhecida no mundo do skate e viveu por muito tempo em Barcelona, na Espanha. Há cerca de um ano ela morava em Paraty e sua morte causou revolta e repercussão internacional.

Giselle foi assassinada com golpes na cabeça, e a suspeita é que uma pedra teria sido usada para matá-la. O corpo foi encontrado no Centro Histórico e o caso registrado como homicídio qualificado na delegacia (167ª DP).Segundo o delegado João Dias, a skatista foi achada de bruços, com as roupas na altura do joelho, o que pode ser um indicativo de que tenha sido vítima de violência sexual. Ele aguarda um laudo médico para confirmar a suspeita. Além disso, ele vai analisar imagens de câmeras de segurança do entorno onde a vítima estava e foi encontrada.

Em entrevista a um jornal da capital, Dias contou que já ouviu testemunhas e que elas contaram que antes de ser encontrada morta, Giselle andava de skate com o namorado e outras três pessoas na Praça da Matriz. Ela teria deixado o local por algum tempo, o que causou a estranheza dos amigos. Ao irem atrás dela, eles a encontram já morta, mas mesmo assim, os bombeiros foram chamados para socorrê-la. Ainda em entrevista, o policial afirmou que outras testemunhas serão ouvidas nos próximos dias, inclusive familiares de Giselle.

Na semana passada, na quinta-feira (7), um grupo feminista de Paraty, chamado de “Coletivo Feminismo em Debate de Paraty”, realizou uma manifestação para cobrar uma resposta das autoridades para o crime. O ato aconteceu na Praça da Matriz, e mobilizou mulheres, que com cartazes e gritando palavras de ordem, lembraram a morte e pediram o fim do machismo e o feminicídio (assassinato de mulheres).



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