terça-feira, 3 de maio de 2016
Família de Yrna de Sousa Castro contesta versão de Gregório Donizeti Freire Neto e diz ter encontrado marcas de violência em corpo da universitária
Família contesta versão de jornalista e diz ter encontrado marcas de violência em corpo de estilista
Deve sair em 30 dias o laudo que vai apontar a causa da morte da estilista Yrna de Sousa Castro, encontrado morta dentro do porta-malas do carro do namorado, Gregório Donizeti Freire Neto
REDAÇÃO WEB - TV DIÁRIO
Deve sair em 30 dias o laudo que vai apontar a causa da morte da designer de moda e estudante de Administração, Yrna de Sousa Castro, de 27 anos. O corpo dela foi encontrado no último domingo (02), em Fortaleza, dentro do porta-malas do carro do namorado, Gregório Donizeti Freire Neto, da mesma idade, no bairro Dionísio Torres.
Durante a manhã desta terça-feira (03), parentes e amigos compareceram ao velório que aconteceu no cemitério Parque da Paz, na Capital. A família contesta a versão do depoimento de Gregório e afirma ter encontrado várias marcas de violência no corpo da estudante.
Versão de Gregório
Segundo Gregório Donizeti, os dois teriam feito uso de substâncias alucinógenas injetáveis à base de morfina na madrugada de domingo em seu apartamento. A jovem teria passado mal e desmaiado. Gregório a colocou no carro e tentou levá-la ao hospital, no entanto, ele teria dormido a caminho, devido ao efeito da drogas.
A ação foi confirmada por câmeras de segurança do prédio que mostram o momento em que ele deixa o local com Yrna desacordada nos braços e a coloca no banco traseiro do passageiro. A caminho do hospital, Gregório teria caído de sono e encostado o carro nas proximidades de uma unidade de saúde. Ao acordar, o homem teria percebido que a estilista estava morta e entrado em desespero.
Ocultação de cadáver
Neste momento, a colocou no porta-malas, dirigiu rumo ao Cocó e voltou para casa, onde tentou se matar cortando os pulsos. Segundo a delegada Socorro Portela, Gregório teria marcas nos pulsos, o que bate com o depoimento. O jornalista Gregório Donizeti procurou a polícia apenas à noite, por volta das 20h30 do domingo, acompanhado de dois advogados. Ele foi autuado por ocultação de cadáver e, se condenado, pode ser punido com prisão de um a três anos, além de multa.
Às autoridades, confessou que faziam uso de substâncias alucinógenas à base de morfina desde janeiro deste ano e que era ele quem usava maiores doses, explicando que o efeito do composto era uma sensação de prazer seguida de sonolência. Entretanto, na madrugada de sábado (30), Yrna não teria reagido bem à dosagem.
Ao se apresentar de maneira espontânea à Polícia, Gregório informou onde estava escondido o corpo da mulher. Uma equipe da Divisão de Homicídios, junto com a própria delegada, foram ao local, 24 horas após a morte da desing de moda.
Com a localização do corpo, Gregório foi autuado por ocultação de cadáver e liberado em seguida. De acordo com a polícia, apenas os exames cadavéricos poderão indicar qual foi a causa da morte de Yrna. Marcas de violência no corpo da jovem não foram encontradas.
Namoro
Segundo o jornalista, os dois teriam se conhecido através do aplicativo Tinder no final do ano passado e assumido um compromisso em dezembro.
Segundo a delegada Socorro Portela, a família da estilista estranhou a versão de que Yrna teria injetado substâncias no corpo, já que a jovem não era afeita ao uso de entorpecentes. Já Gregório Donizeti chegou a ser internado, participou de programas de recuperação por dependência química e era usuário de cocaína desde os 17 anos.
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