sábado, 28 de maio de 2016
Martha Rocha (deputada estadual do PDT-RJ) critica delegado da DRCI, Alessandro Thiers, que investiga estupro coletivo em favela de Jacarepaguá RJ
Ex-chefe da Polícia Civil do RJ critica delegado que investiga estupro
Deputada Martha Rocha defende atuação da Delegacia da Mulher no caso.
Investigação está com a Delegacia de Repressão aos crimes de Informática.
Do G1 Rio
A presidente da Comissão Estadual de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, deputada estadual Martha Rocha (PDT), fez críticas neste sábado (28) à atuação da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) à frente das investigações do estupro sofrido por uma adolescente na Zona Oeste do Rio.
Ex-chefe da Polícia Civil do estado, a parlamentar defendeu que o inquérito seja conduzido pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) com participação da Delegacia da Mulher (DEAM).
"Quando estamos diante de uma barbárie dessas e o delegado diz que 'está investigando se houve consentimento e que a polícia não pode ser leviana', entendemos porque tantas mulheres deixam de ir às delegacias denunciar casos de abuso sexual e violência", declarou Martha Rocha, que repudiou, por meio de nota, as declarações do delegado titular da DRCI, Alessandro Thiers.
De acordo com a parlamentar, Thiers não deveria apurar o estupro, mas sim ajudar na identificação dos autores e responsáveis pela divulgação do vídeo. Martha Rocha diz, ainda, entender que a gravação foi a "mola propulsora para o conhecimento do fato", mas afirmou que isso é secundário ao estupro.
"Existem dois fatos. O fato principal é um crime de estupro. O fato acessório é a divulgação desse estupro pela rede social. Eu elogio a ideia da força-tarefa, mas a Deam tem 30 anos de existência. Estamos diante de uma violência contra a mulher. É a unidade especializada com maior expertise.", defendeu a deputada.
"[Na DCAV] A menina não se sentiu invadida, vitimizada", ressaltou a deputada.
Advogada pede troca de delegado
A advogada da adolescente de 16 anos que denunciou ter sido estuprada por 33 homens, em uma comunidade da Zona Oeste do Rio, disse que vai pedir a substituição do delegado que está investigando o caso, Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
Segundo a advogada informou ao RJTV, durante o novo depoimento da jovem na noite de sexta (27), o delegado deixou a menor se sentindo acuada.
"Havia três homens no ambiente e o delegado, ainda por cima, fez a pergunta se ela tinha hábito de fazer sexo em grupo", afirmou Eloísa Samy. A advogada disse que a família da menina está com medo e que quer proteção policial. De acordo com ela, a secretaria de Assistência Social ainda não fez nenhum tipo de contato com a família da menor.
Em nota, a DRCI afirmou que a investigação é conduzida de forma técnica e imparcial e esclareceu que a investigação do caso tem sido feita de forma integrada pelas duas delegacias especializadas - DRCI e Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) - para realizar apuração do crime.
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