quinta-feira, 7 de maio de 2015
Atrás do Abandono
Folhei um coração espancado...
Acordado em desalinho...
Em processo de penumbra no abandono...
Como um riscar endurecido no cimento...
Como lamber a ponta dos dedos sujos de giz...
Como escovar dentes esmaltados com carvão úmido...
Como fogueira largando fumaça...
Como enfermo fora de órbita...
Como selvagem descompromissado com a civilização...
Como uma maldição em crise...
E dei-lhe um abraço...
Sem perguntar nada...
Absolutamente nada...
Jorge Schweitzer
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