quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Desembargador Valmir de Oliveira Silva para o juiz João Batista Damasceno: 'vou estourar sua cabeça, seu filho da puta'...







Marcos Nunes e Rafael Soares

Uma discussão travada entre um juiz e um desembargador teria acabado com um dos magistrados sacando uma arma, nesta quarta-feira, dentro do Tribunal de Justiça do Rio. 

Segundo a assessoria do TJ, em razão de desavenças pessoais o juiz João Batista Damasceno teria apontado uma pistola para o desembargador e ex-corregedor de Justiça Valmir de Oliveira Silva. 

A confusão teria ocorrido na academia do Fórum, que fica no subsolo do prédio do TJ.

Seguranças do Tribunal de Justiça foram chamados e interferiram na discussão. 

O TJ anunciou que vai abrir uma sindicância para apurar o fato. 

A investigação será conduzida pelo novo presidente do TJ, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, que tomou posse esta semana. 

Tanto o juiz Damasceno quanto o ex-corregedor deverão prestar esclarecimentos, por escrito, sobre como ocorreu a confusão.

Numa representação contra o desembargador enviada ao presidente do TJ e postada em seu perfil no Facebook, o juiz João Batista Damasceno dá sua versão para a discussão: 

"Ao me avistar, o Desembargador Valmir dirigiu-se a mim e ordenou: “Damasceno, quero falar com você. Senta aqui!”, apontando para uma cadeira posta de frente para a sua. Vendo que o desembargador estava descontrolado deixei de me dirigir ao elevador e tomei a escada que desce para a garagem. O desembargador Valmir seguiu-me gritando: “Vou estourar sua cabeça”, “Seu filho da puta”. 
Adiantei o passo na descida pela escada, sendo perseguido pelo Desembargador Valmir. (...) Temendo que o Desembargador Valmir estivesse portando uma das suas armas procurei refúgio numa das salas do serviço de limpeza na qual adentrei avisando aos três funcionários - que lá se encontravam - que uma pessoa estava atrás de mim e que se estivesse armada iria exercitar legítima defesa e que elas seriam minhas testemunhas. Busquei manter a tranquilidade e portar-me de acordo as normas de segurança recomendadas em tal situação. Postei-me atrás de um móvel ao fundo da sala, após passar pelos referidos funcionários, e logo em seguida o desembargador adentrou a sala, sendo contido pelos funcionários, conforme comprova vídeo (...) Embora verbalizasse que iria estourar minha cabeça, o Desembargador Valmir de Oliveira Silva não ostentou qualquer arma e tive o controle emocional necessário para não incidir em legítima defesa putativa, colocando-me – no entanto – sob proteção de móvel e pronto para o exercício de legítima defesa real, se necessária". Veja abaixo a íntegra da representação.




PS: Bem, ao assistir o vídeo onde aparece o desembargador idoso e barbudo, chamado Valmir, mas sem segurar arma alguma a menos que eu não tenha percebido... A confusão foi mais controlada por mulheres que seguraram o desembargador e só depois chegou o PM enquanto o juiz Damasceno se abrigava atrás de um arquivo de aço... Muito engraçado, agora o desembargador prometeu que vai pegá-lo em seu gabinete, a coisa promete continuar... Agora, resta saber o que eles andaram aprontando já que não se trata apenas e tão somente de bullying de adolescentes... Agora se dois magistrados agem com esta altivez toda entre eles, fico a temer quando eles se confrontam com uma cidadão comum como eu e você... Entre eles é até muito engraçado... Muito... Desde que nenhum de ambos vire féretro... Jorge Schweitzer






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