segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Joanna Marcenal faria 11 anos de idade nesta terça 20 de outubro de 2015







Stalin dizia que matar uma pessoa é crime; matar um milhão é estatística...

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro conseguiu subverter esta lógica do líder russo...

A menina Joanna Marcenal foi assassinada pelo pai e madrasta e o Judiciário se esforça para considerar sua morte apenas estatística...

Fazem mais de cinco anos em que o processo do Caso Joanna é trocado de mão em mão como uma batata quente que juiz algum quer segurar...

O corporativismo como confuso materialismo dialético onde as argumentações da defesa não concluem uma síntese lógica mas são acatadas de pronto como verdade pelos homens da Lei...

É indecente o judiciário postergar decisão sobre um crime óbvio onde uma menina foi cruelmente assassinada sob tortura confirmada por extensa queimadura em toda extensão das nádegas; machucados por todo o corpo; uma fissura grande no ombro direito; vários dentes da frente quebrados; laudo apontando que estava sem alimentação há quinze dias antes de ser internada; testemunho da babá que viu a criança amarrada e confissão do próprio pai torturador admitindo que amarrava a menina com fita crepe pelos pés e mãos sobre fezes e urina...

Logo que Joanna morreu e o pai foi preso por cinco meses em Bangu 8 se desenhava uma Justiça atenta que como por encanto inverteu os papéis e passou a proteger o bandido que atualmente dá expediente na 5a. Vara da Fazenda Pública, sala 413 do Forum da Avenida Presidente Antonio Carlos no Centro do RJ, como se fosse cidadão de bem como qualquer um de nós...

André Rodrigues Marins, pai de Joanna, e Vanessa Maia Furtado, madrasta da criança, foram partners de uma barbárie com requintes encontrados em poucos crimes...

Quando o delegado Luiz Henrique Marques Pereira, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) declarou que o serventuário judicial tinha prazer em torturar a filha ele sabia do que estava falando...

Torturadores possuem este componente psicopata; é fácil encontrar farta literatura descrevendo este anômalo comportamento bestial...

Mas...

Joanna deixou uma marca em todos nós...

Fomos contemporâneos de uma das maiores crueldades reconhecida por todos e nossa indignação não foi suficiente para demover juízes...

Possível que nossos descendentes jamais compreendam como não fomos capazes de fazer algo para que Justiça se mostrasse presente...

E...

Tenham certeza - senhores magistrados que folharam o Caso Joanna e fizeram ouvidos de mercador - suas biografias estarão para sempre maculadas pela omissão...

Coitada da Joanna, ninguém de nós foi capaz de protegê-la em vida...

E incompetentes ao resguardar sua memória depois da partida...

Que pena, descanse em paz, Joanna!







Jorge Schweitzer



 








Um comentário:

  1. Eu lembro do caso dessa menina linda chamada Joanna.
    A mãe dela uma guerreira que é médica está aí na luta por justiça que os culpados sejam presos e punidos.
    É um absurdo como que pode esse "pai" psicopata um monstro esse cara maltratar e matar sua própria filha seu sangue juntamente com ajuda da madastra aff. Fico muito preocupada com essa história de pais separados e guarda compartilhada dos filhos e das visitas etc... não existe uma fiscalização séria para vê se essa criança não está sendo mesmo manipulada, abusada, maltrada, influenciada pelo pai ou mãe. Infelizmente sabemos que isso acontece tem casais quando se divorciam eles por pura falta de maturidade e digo mais por maldade eles descontam nos filhos toda sua raiva, mágoa, frustração pelo fim de seus casamentos usa os seus filhos para ferir seus exs companheiros não sabem o que amor verdadeiro de um pai ou uma mãe. Uma frase escutei é verdade pode existir ex marido, ex esposa, mais ex filhos não existe filhos são eternos são laços indissolúveis.

    Hadassa RJ

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