texto publicado por aqui em 09 dezembro 2008
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A absolvição de Paulinho da Força pelo Conselho de Ética faz parte do processo de desmoralização de todas instituições políticas como ‘nunca se viu em todo período republicano’...
É a certeza da impunidade histórica que começou a rascunhar-se após a profissionalização dos sindicatos como partidos políticos...
Fundos governamentais serviram para injetar dinheiro público em grupos societários sindicais criando uma promiscuidade entre provedor e beneficiário numa troca de gentilezas que tornaram a democracia um balcão de escambos ceifando preceitos morais e éticos...
A partir da luta aguerrida em busca de tronos palacianos excluí-se limites e ultrapassou-se a barreira da decência descambando para o crime comum retirando do caminho quem se opusesse, nos melhores moldes de uma Cosa Nostra Tupiniquim...
O assassinato de Celso Daniel foi o marco definitivo delimitando que dali pra frente intenções opositoras com chances de expor publicamente os meandros subterrâneos do lixo parlamentar seriam tratados a fogo e chumbo e desovados com a cueca sobre as calças num recado para detratores desavisados que houvessem a ousadia de embarcar no mesmo ônibus da ilusão apeando na Sombra do esquecimento...
Sucederam-se Delúbios, Genuínos, Silvinhos, Valérios, Dirceus, Severinos, Dudas, Jucás e criminosos menores como Meirelles que puxou a fila ao ser pilhado com transferência ridícula de dinheiro para o exterior e teve que se escudar atrás do título providencial de Ministro para não botar o colarinho branco na guilhotina comum dos mortais sem fórum privilegiado...
O Poder tomado de assalto por quadrilhas propiciaram nos acostumarmos com o cheiro de latrina que a cada temporada transborda novas imundícies contaminando a esperança de legarmos como herança uma grande Nação Republicana para nossos filhos e netos...
Jorge Schweitzer
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