segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Pai é preso suspeito de matar filha Sophia Kissajikian Cancio Najjar, de 4 anos de idade, no Jabaquara SP







Pai é preso suspeito de matar filha de 4 anos
Menina foi encontrada morta na noite de quarta-feira (2) caída no chão e com um saco na cabeça





Por: Amanda Gomes 
amanda.gomes@diariosp.com.br


A morte misteriosa da pequena Sophia Kissajikian Cancio Najjar, de 4 anos, começa a ser desvendada pela polícia. Na sexta (4), o pai da menina, o autônomo Ricardo Krause Esteves Najjar, 23, acabou preso durante o velório dela. Ele é suspeito de ter matado a filha, mas, mesmo assim, foi ao funeral.

Sophia foi encontrada morta na noite de quarta-feira no apartamento de Ricardo, no Jabaquara, Zona Sul da capital. Na ocasião, o autônomo disse que havia deixado a filha brincando enquanto ele tomava banho. Porém, depois encontrou a menina caída, com um saco plástico na cabeça.

Os agentes do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa) informaram que o autônomo foi preso porque entrou em contradição no depoimento que prestou na quinta-feira.

Os policiais também tiveram informações preliminares de médicos legistas sobre indícios de que a menina teria sido vítima de abuso sexual.

Uma das contradições foi o fato de Ricardo não ter contado que mora no apartamento com a namorada, sendo que ela deu o mesmo endereço dele para a elaboração do boletim de ocorrência. O pai da criança sempre afirmou morar sozinho. 

O autônomo, igualmente, não soube explicar o motivo para ter tanto papel higiênico no quarto e até no lixo da cozinha. Ele apenas relatava a versão de que encontrou a menina com o saco na cabeça.

Ricardo não contou o motivo para ter ligado primeiro ao seu pai e só depois ter chamado o Samu. Os investigadores acharam estranho o fato de o advogado do pai  ter chegado ao local antes da própria polícia.

Ontem, duas equipes de perícia foram ao apartamento de suspeito para realizar novamente uma perícia, mas desta vez usando luminol (componente químico que mostra marcas de sangue no local) já que no dia do crime encontraram uma mancha no chão. 

A polícia pediu a quebra do sigilo telefônico do acusado. Depois de preso, ele apenas ficou calado.

Polícia vai investigar namorada do suspeito

A namorada do autônomo Ricardo Krause Esteves Najjar também será investigada pela Polícia Civil, a principio por fraude processual. Os agentes acreditam que ela ajudou o pai da menina a limpar a cena do crime.

Ricardo também teria ligado para ela para avisar o que havia acontecido com a filha. Nos próximos dias ela será ouvida novamente pela polícia. 

No dia da morte de Sophia, a mulher, que teve seu nome preservado pela polícia, prestou depoimento informal e terá seu sigilo telefônico quebrado.

Ricardo e a mãe de Sophia, a estudante de direito Ligia Kissajian Cancio, 23, estão separados há quase um ano e ela tinha a guarda da criança.

 A Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias do suspeito. Esse é o tempo que a polícia terá para conseguir provar que se o autônomo matou ou não a sua filha.



Os laudos da necropsia, sexológico, toxicológico e subungueal (para saber se há vestígios de pele na unha), podem ficar prontos em até 20 dias. Por causa da quantidade de exames, o corpo de Sophia só foi liberado para o enterro ontem.

Comoção e silêncio no enterro de Sophia

O corpo da garota chegou ao cemitério São Paulo, na Zona Sul, por volta das 13h. Padres da comunidade armênia, da qual a família de Sophia é descendente, estiveram presentes para celebrar a cerimônia de despedida da criança. Os parentes estavam muito abalados e não conversaram com os jornalistas. A mãe da menina, que será ouvida nos próximos dias,  ficou sabendo da prisão do ex-marido no próprio velório e a informação a chocou ainda mais. Um policial fez a detenção de Ricardo de forma discreta.

Há dois anos, Ricardo havia publicado vídeos em sua conta do YouTube brincando com a criança. Confira:









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