terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cassandre Bouvier e Houria Moumni => Turistas francesas assassinadas na Argentina: três suspeitos estão presos e outras 7 por encobrirem o crime

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Pai de turista francesa morta na Argentina diz que filha foi "massacrada"

Jean Michel Bouvier, pai de uma das turistas francesas mortas na Argentina em julho desse ano, disse ter certeza de que sua filha sofreu o que se pode chamar de "massacre".

"Não sou religioso, mas posso dizer que Huria e Cassandre viveram um verdadeiro martírio. Cada vez mais aparecem elementos que apontam para um massacre", disse ele à rádio francesa RLT em sua primeira entrevista a um veículo do país.

Bouvier era pai de Cassandre, 24, que estava na Argentina a passeio com a amiga Huria, de 29 anos. Ambas foram assassinadas em Salta.

"O juiz (francês Patrick) Ramael me deu outros detalhes da autópsia feita na França. Sem dúvida [Cassandre] foi machucada enquanto tentavam tirar seu sutiã com uma faca", disse Bouvier.

Os corpos das jovens foram achados no dia 29 de julho em uma trilha da Quebrada de San Lorenzo, uma reserva natural da periferia da cidade de Salta, capital da província homônima, situada a 1.600 quilômetros a noroeste de Buenos Aires, embora uma investigação tenha confirmado que foram assassinadas 13 ou 14 dias antes da descoberta dos cadáveres.

As duas foram abusadas sexualmente e brutalmente assassinadas. Três pessoas estão presas por suspeita de participação no crime (o guia turistíco, Gustavo Lasi, o pedreiro Daniel Vilte e Santos Vera, empregado de segurança) e outras sete por encobrirem o assassinato.

Bouvier se encontrou com a presidente Cristina Kirchner, a quem pediu para pressionar a justiça argentina a não esquecer do crime. Em Paris, ele publicou uma carta no jornal "Le Monde" pedindo ao governo que elevasse o crime contra mulher ao mesmo nível de crimes contra a humanidade, pelo que ele chamou de "femicídio".

"Vou dizer algo horrível: em seu rosto dava para ver o buraco da bala de uma arma de pequeno calibre. O mais visível eram as marcas dos golpes. (...) O corpo foi encontrado muito depois e seus olhos estavam abertos. Havia um ar de dignidade e terror. Vê-se que ela tentou lutar. Esse ato lhe negou o direito de ser mulher", disse.

do Clarin

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