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Em Dia de São Jorge me sinto como estivesse circulando numa Havana estagnada no tempo...
São Jorge, o protetor do submundo...
Traficantes, prostitutas, antigos malandros...
Chapéus panamás, camisas vermelhas de mangas compridas e calças de linho engomado combinando com sapato branco bico fino...
Uma passadinha rápida na Igreja do Campo de Santana...
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Programa de devoto do padroeiro da Inglaterra, de Portugal, da Catalunha, dos soldados...
Pegar uma fitinha atada com três nós no pulso...
E...
O resto do dia enfiando a cara na cerveja dos bares do entorno...
Com direito a rodelas de salame...
Pratinho de azeitonas capturadas pelo palito de limpar entre os dentes...
Fico a observar velhinhos hipertensos comendo e bebendo...
São Jorge é praticamente uma religião a parte onde permitido o prazer...
Rua Gomes Freire, Senado e Buenos Aires entupidas por mesas, cadeiras e pessoas de vermelho e branco dançando como se o Rio fosse uma imensa Cuba em stop...
O Dia de São Jorge daqui há dez anos talvez não tenha mais público...
Somente idosos conservando a tradição...
A missa na esquina da Presidente Vargas com Praça da República - de duas em duas horas - quase ninguém assiste...
A cada ano diminui mais a frequência...
Todos bebem...
Rostos, roupas, fitas...
Todo puteiro da cidade possui uma imagem iluminada por vela por trás da porta de entrada...
Todo policial conhece a Oração de São Jorge...
Todo soldado do tráfico tem São Jorge como protetor até ser morto ou preso e se tornar evangélico...
Até eu estive pensando em tomar tenência e optar por uma religião...
Pensei na Universal...
Desisti depois de levar quatro horas entre o centro e Copacabana no 21 de abril...
Ontem, assisti uma mulher linda vestida de vermelho dançando - quase ali abaixo dos Arcos da Lapa - ao som de atapaques e chocalhos a me lançar um sorrisão lindo...
Balancei...
Salve Jorge!
Pegar uma fitinha atada com três nós no pulso...
E...
O resto do dia enfiando a cara na cerveja dos bares do entorno...
Com direito a rodelas de salame...
Pratinho de azeitonas capturadas pelo palito de limpar entre os dentes...
Fico a observar velhinhos hipertensos comendo e bebendo...
São Jorge é praticamente uma religião a parte onde permitido o prazer...
Rua Gomes Freire, Senado e Buenos Aires entupidas por mesas, cadeiras e pessoas de vermelho e branco dançando como se o Rio fosse uma imensa Cuba em stop...
O Dia de São Jorge daqui há dez anos talvez não tenha mais público...
Somente idosos conservando a tradição...
A missa na esquina da Presidente Vargas com Praça da República - de duas em duas horas - quase ninguém assiste...
A cada ano diminui mais a frequência...
Todos bebem...
Rostos, roupas, fitas...
Todo puteiro da cidade possui uma imagem iluminada por vela por trás da porta de entrada...
Todo policial conhece a Oração de São Jorge...
Todo soldado do tráfico tem São Jorge como protetor até ser morto ou preso e se tornar evangélico...
Até eu estive pensando em tomar tenência e optar por uma religião...
Pensei na Universal...
Desisti depois de levar quatro horas entre o centro e Copacabana no 21 de abril...
Ontem, assisti uma mulher linda vestida de vermelho dançando - quase ali abaixo dos Arcos da Lapa - ao som de atapaques e chocalhos a me lançar um sorrisão lindo...
Balancei...
Salve Jorge!
Jorge Schweitzer
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