segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Justiça nega pedido de desbloqueio de bens de motorista de Porsche, Marcelo Malvio Alvez de Lima, que matou advogada Carolina Menezes Cintra Santos
Justiça nega pedido de desbloqueio de bens de motorista de Porsche que matou advogada
Fernando Porfírio
O Tribunal de Justiça de São Paulo negou, nesta segunda-feira (17), pedido do engenheiro Marcelo Malvio Alvez de Lima para desbloqueio de seus bens. Marcelo é o motorista do Porsche que atingiu o carro da advogada Carolina Menezes Cintra Santos. O acidente ocorreu em 9 de julho, e a vítima morreu no local. A defesa pretendia o desbloqueio dos bens do engenheiro.
A decisão foi tomada pela 35ª Câmara de Direito Privado. O desembargador Melo Bueno, relator do recurso apresentado pela defesa do engenheiro, argumentou que bloqueio de bens era medida necessária para a garantia do pagamento de eventual indenização por danos morais e materiais.
Em julho, a juíza Margot Chrysostomo Correa, da 5ª Vara Cível do Fórum de Pinheiros, atendeu pedido dos pais e irmãos de Carolina e decretou o bloqueio dos bens do engenheiro. De acordo com o despacho da juíza, a medida tinha como objetivo garantir a satisfação de futuro crédito a ser pago no caso do acusado ser condenado a indenizar a família da vítima.
Segundo a juíza, as testemunhas foram unânimes em afirmar que o réu, no momento em que recobrou os sentidos, ciente da colisão, não se preocupou em momento algum com as consequências de seus atos no que diz respeito à vida de Carolina. "Preocupou-se apenas com o seu patrimônio", afirmou a juíza no decreto de bloqueio de patrimônio.
O desembargador Melo Bueno referendou os argumentos da magistrada e argumentou que a indisponibilidade dos bens era garantia para eventual ressarcimento à família da vítima no caso de condenação.
O acidente ocorreu no bairro do Itaim Bibi, na zona sul da capital, quando o Porsche do engenheiro se chocou com a Tucson de Carolina, que ultrapassou o sinal vermelho. Marcelo Malvio não foi submetido ao teste do bafômetro, mas testemunhas disseram que ele aparentava estar alcoolizado. Marcelo pagou fiança e foi solto.
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