sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Cloé Muratori Paroti, assassinada aos 3 anos de idade em Trancoso BA


publicado em 04/outubro/2012




3 de outubro de 2012 19:49 

Anônimo disse... 

Veja jorge, você praticamente foi um dos poucos a repercutir o caso Cloe, seu blog continua a denunciar deformidades, são pouquíssimas as vezes que temos um texto, uma crônica de entretenimento. 

 E as pessoas... continuam cômodas em seu doce lar "se fosse com" não é comigo dane-se. E assim caminha a humanidade.

 Sabe, pessoas sedentas de justiça, inconformadas com injustiças sociais, carregam sempre um fardo pesado, as vezes é preciso ficar fora de ar por alguns instantes para conseguir sobreviver em um mundo tão cruel. Contudo, continuam em suas caminhadas solitárias. 



Publicado no Táxi em Movimento:


 SEGUNDA FEIRA, 02 DE MARÇO DE 2009


 Uma família, da Nova Zelândia, resolveu passar férias no paradisíaco balneário de Trancoso para comemorar o retorno definitivo ao Brasil...


Três semanas depois, no mês de dezembro último, a filha do casal apareceu morta por afogamento a margem de um riacho próximo da casa e dentro do Condomínio... 


 O desgraçado assassino confesso da menina é caseiro do local e pessoa que jamais alguém poderia supor bandido...


O caseiro conhecido como Luiz (Luzinê Araujo Santos, 25 anos) é casado e tem filhos, um dos quais uma menina da mesma idade da que ele violentou e assassinou... 


Quando os pais de Cloé Muratori Paroti se desesperaram com o sumiço da criança, Luiz ajudou a procurar pela menina e foi o próprio que localizou, emocionado, o corpo... 


Está preso e confessou friamente detalhes da barbaridade... 


 Pessoal, torço muito para que ele não seja morto imediatamente... 


 Caso o tal Luiz estrebuche de forma medieval na mão de outros companheiros de cela, juro que não irei perder o sono... 


 Agora, o mais curioso desta história toda... 


 Os pais da pequena Cloé tiveram dificuldades imensas para elucidar o crime... 


 O delegado de Trancoso Dr. Ricardo Feitosa de Farias criou todas dificuldades possíveis e inimagináveis; tentou configurar como acidente de afogamento mesmo com o pai declarando que havia indícios de agressão e prefiro nem narrar o que comentou de forma crua e tive vontade de chorar com a brutalidade de um pai ver algo daquela crueldade no corpo de um filho amado... 


 O casal neozelandês pediu auxílio a Polícia de Porto Seguro... Procuraram ajuda na Polícia de São Paulo... Polícia Federal... 


Interpelaram a Interpol... 


Procuraram apoio diplomático... 


 O caso só foi resolvido três meses depois pela persistência dos pais da menina Cloé que não se conformaram com a versão de afogamento puro e simples... 


 O Programa de Domingo da Record conversou com o delegado Ricardo Feitosa com uma câmera escondida... 


 O delegado Feitosa condenou a atitude do casal em usar influência para chegar ao criminoso... 


 Colocou a culpa na morte da criança no descaso de ambos em tomar conta da filha... 


 “Se fosse alguém pobre não teria toda esta exposição”... 


 O mesmo Programa de Domingo combinou entrevista gravada com o tal delegado Ricardo Feitosa... Parecia outro delegado... 


 Desmentiu tudo que confessou em off...


 Um cara de pau...


 Parecia outro homem...


 Este sujeito não merece a insígnia; a autoridade concedida e a arma que porta... 


 Deveria ser exonerado para o bem do serviço público e da vergonha na cara... 




 Jorge Schweitzer




Assassino da menina Cloe Paroli será julgado dia 20 de março 2014 em Porto Seguro, cinco anos após o crime





Hoje, recebi mensagem que a mãe da menina Cloe Paroli criou uma página no Facebook solicitando que moradores de Porto Seguro e arredores compareçam ao julgamento para cobrar Justiça... 

Cloe Paroli foi assassinada aos três anos de idade pelo caseiro Luzinei Araújo Santos, de 24 anos, quando a família da criança passava férias em um condomínio de Trancoso... 

Na época me envolvi neste caso e acabei perdendo todos os textos e intervenções dos envolvidos pois o blog foi retirado da rede pela Microsoft após reclamações de adeptos do pastor Valdemiro Santiago que sentiu-se incomodado por o texto que escrevi sobre ele e sua seita... 

Mas... 

Para quem me acompanhava na época pode presenciar o grau de envolvimento do blog que acabou culminando com várias ações importantes que proporcionaram o desfecho e esclarecimento do crime... 

Certa vez recebi telefonema da avó  da menina Cloe me agradecendo e falando do desejo da família em se transferir da Nova Zelândia para São Paulo... 

Não tive mais notícias deles... 

E... 

Acredito que o caseiro assassino receberá pena pesada... 

Lembro que ao ser preso ele perguntou à delegada Teronite Bezerra, que substituiu o delegado Ricardo Feitosa no Caso, o que ele merecia e ela devolveu que ele mesmo deveria responder... 

O caseiro Luzinei respondeu que merecia morrer... 

Luzinei tem filhos e uma menina com a mesma idade de Cloe quando foi morta por ele...

Cloe foi abusada sexualmente e legistas afirmam que ela foi enterrada ainda com vida...

Resta a Justiça mostrar sua presença no dia 20 de março em Porto Seguro...



Jorge Schweitzer







Joanna Marcenal, a menina assassinada pelo Judiciário







Repousa na gaveta de algum juiz o Caso Joanna...

Tanto o juiz Guilherme Schilling quanto o juiz Murilo Kieling sabem do que estou falando...

Algum desses juizes têm sob suas guardas todas as provas da morte cruel da menina Joanna Marcenal...

Depoimentos, laudos, investigações...

Tudo está lá...

Até mesmo a confissão estarrecedora do assassino André Rodrigues Marins confirmando que realmente amarrava - com fita crepe pelos pés e mãos -  sua própria filha de cinco anos de idade sobre fezes e urina...

Existe igualmente a declaração de um médico, que frequentava a mesma igreja pentecostal do assassino, confirmando que numa noite recebeu telefonema do bandido solicitando receita de pomada para queimaduras e logo após o ameaçando que acabaria com ele caso ele tornasse isto público...

Quando Joanna foi internada já em estado irreversível apresentava queimaduras em toda extensão das nádegas e machucados horrorosos pelo corpo inteiro confirmando a tortura...

Tudo está documentado...

Não existe uma pessoa de bom senso sequer que não se condoa com barbárie medieval que esta menina foi submetida...

Joanna não foi somente assassinada, Joanna foi imolada...

Ao transferir a guarda de Joanna para seu pai carrasco e sua madrasta o Judiciário, pelas mãos da juiza Claudia Nascimento Vieira, da 1a. Vara de Família de Nova Iguaçu, ofereceu a menina em sacrifício para o casal facínora executar o crime premeditado...

E...

Dentro breve estaremos rememorando os quatro anos da morte de Joanna Marcenal... 

Quatro longos anos de impunidade...

Um ano menos do que Joanna teve de vida...

Enquanto isto...

A morte da menina Joanna permanece como uma chaga aberta que o Judiciário não tem tido a competente decência de punir os culpados...

O pai assassino de Joanna Marcenal, André Rodrigues Marins, permanece nos quadros do Judiciário como serventuário judicial...

O barnabé de nível médio André Rodrigues Marins diariamente cumpre seu papel de carimbador oficial do destino de outros criminosos iguais a ele aboletado no 35a. Vara Criminal do Forum do Rio de Janeiro...

O sociopata André Rodrigues Marins matou sob tortura violenta sua filha Joanna Marcenal, de cinco de idade, e circula fagueiro e lépido pelos corredores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro como se nada de errado houvesse feito...

O escabroso crime cometido pelo serventuário judicial André Rodrigues Marins contém viés ultrajante que levou diversos advogados se negarem  continuar lhe defendendo...

André Rodrigues Marins teve que recorrer a profissionais com estômago mais resistentes à convivência com bandidos da sua estirpe...

Difícil qualquer ser humano escutar as explicações do André Rodrigues Marins sem passar pela cabeça o impulso incontrolável de comprar uma arma - na forma da lei, lógico - e lhe dar um tiro no meio da testa...

É da essência humana ficarmos prostrados de indignação com uma covardia como André Rodrigues Marins teve a capacidade psicótica de providenciar contra uma criança absolutamente indefesa...  

André Rodrigues Marins cometeu um crime clandestino contra uma criança manietada ciente que seria acobertada pela mão parceira do corporativismo conduzida por seu tio postiço e por sua tia - irmão gêmea de sua mãe - e igualmente promotora da Justiça no RJ...

Agora...

Juro que se eu fosse ex-procurador, ex-deputado federal e ex-promotor jamais iria acobertar um infame desgraçado que mata criança, mesmo que ele fosse meu filho...

Não combina com ímpetos naturais de qualquer ser vivo compactuar com a lógica de um doido que mata de forma violenta e meticulosa alguém indefeso...

Nem resta ao ex-procurador questionar que toda engenharia do crime narrada por aqui foi inventada ou montada...

Basta o ex-procurador meu censor preferencial colocar o vagabundo assassino André Marins na sua frente em sua sala de jantar que ele irá narrar cada etapa do seu crime confirmando tudo que reproduzimos continuamente por aqui...

Mas, engraçado...

Deixa eu fazer um paralelo sobre estes questionamentos sobre o Judiciário...

Hoje estive assistindo o STF desqualificando o crime de formação de quadriha para os mensaleiros do PT...

Pô, na boa...

Se a Justiça admite que ocorreu assalto continuado indiretamente ao Erário com farta distribuição de recursos tungados entre vários sujeitos condenados e não os considera quadrilheiros eles são o quê?

Se o Supremo Tribunal de Justiça deste infeliz Brasil de merda se esgueira em explicações bobocas para incensar uma trope de assaltantes deslavados, qual último de resquício de dignidade devemos aguardar destes sujeitos indevidamente togados?

Hein?!

Na semana passada assisti explicação do ministro do STF, Marco Aurélio sei lá o quê, contemplando que os cofres públicos devam continuar presenteando com salários  marajás, acima do piso permitido por Lei, uma cambada de funcionários públicos afortunados...

Nosso Judiciário tupiniquim só advogada em causa própria...

Aquela lógica...

Para os amigos da Casa tudo...

Para os inimigos a letra da Lei...

Portanto...

Não vou estranhar se o Judiciário me condenar por perseguir um bandido do grau degradante do serventuário André Rodrigues Marins e o deixá-lo solto debochando do feito...

Não vou mesmo...

E, tô nem aí...

Quem sabe se em isto ocorrendo surja o sinal de alerta na mídia para que a pena para André Rodrigues Marins não se restrinja a somente os cinco meses que passou preso em Bangu 8...

Hoje traduzi o discurso do Joaquim Barbosa alertando que o pacto do Judiciário fingindo que não sabe o que é formação de quadrilha se trata de deformação moral impossível de consertar...

Só faltou o ministro Joaquim Barbosa afirmar textualmente que o Judiciário é uma casa de baixos meritíssimos...

Triste pátria amada Brasil...

Os EUA não são padrão comportamental do mundo, mas certamente na maioria dos seus Estados André Marins seria conduzido à cadeira elétrica ou câmera de gás...

Na China, André Rodrigues Marins seria fuzilado em praça pública e a bala da execução seria entregue à familia Marins com ordem expressa para reembolsar o governo pelos custos do maravilhoso espetáculo...

Por aqui...

O TJ-RJ continua como a casa da mãe Joana...

Mas, não tenham dúvidas...

Dentro em breve será a Casa de Justiça para Joanna...

A cada dia que algum juiz se aboleta em sua poltrona de trabalho possui exata consciência que engavetar o Caso Joanna denigre sua biografia para sempre...

Sempre haverá um de nós a relembrar o Caso Joanna em todas suas etapas...

Cada detalhe....

Reproduziremos cada frase da babá que encontrou a menina Joanna amarrada...

Até que surja no Judiciário algum magistrado corajoso o suficiente para cortar na própria carne a banda podre que infecta em metástase um Poder criado para representar o anseio de Justiça do povo...

Por enquanto o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tem nos proporcionado apenas a sensação de que não servem para nada quando tratam de enquadrar seus pares...

A sensação é de descrédito total e completo apesar de toda repercussão do Caso Joanna..

Um matador de criança circulando incólume nas entranhas do Judiciário é algo que foge a compreensão...

Já passou da hora da sociedade ter uma resposta firme da Lei...

A memória de Joanna Marcenal merece punição dos criminosos...

Para não ficarmos com a pavorosa impressão que o Judiciário é composto por bananas servis  que se amedrontam facilmente com carteiraços de colegas para salvaguardar sobrinhos vagabundos  do baixo clero... 



Jorge Schweitzer








terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Ringo, meu cachorro vira-latas








Cachorros eram criados no quintal lá fora...

Abaixo de um alpendre, sobre acolchoados...

Entre a sanga e o taquaral...

Nunca vi um deles dentro de casa...

Mesmo assim eles nos amavam...

Amavam mais ainda as rodas dos carros de boi que passavam arranhando o silêncio da estrada de terra...

Tentavam morder a madeira que ringia devagar...

Cachorros vira latas eram melhores caçadores que os perdigueiros...

Reconheciam buraco onde alguma cobra entocada...

Latiam, saltavam, andavam em círculos...

Lebres escapuliam subida acima, mas as capturavam na descida...

As pernas traseiras mais compridas das lebres faziam capotar ladeira abaixo...

Gambás e ouriços era uma batalha que sempre perdiam...

Ficavam semanas com fedor ou espetos impedindo que nos aproximassemos...

Quando mordidos por cobras seus papos ficavam imensos...

Alguma lenda antiga nos dizia que devíamos lhes dar leite rapidamente...

O cão ou a cobra que primeiro bebesse leite se salvaria...

E...

Os cachorros vira latas eram felizes...

Sempre são...

Por alguma razão sempre achei que os vira latas são os melhores companheiros...

Suas festas maiores eram quando alguma mula empacava...

Mula embacada não tem reza que faça sair do lugar...

Fica horas ali, sem explicação...

Cachorros mordem as patas da mula, se esguelam, ameaçam...

Nada...

De repente, a mula simplesmente resolve andar como se nada houvesse...

Os cuscos  saem balançando a cauda e pisando duro, como se donos do milagre...

Mas...

Cachorros  vira latas também tinham seus momentos de tristeza...

De repente...

Paravam de beber água...

Não mais queriam comer...

Ringo chegou neste estágio...

Era chegada a hora da execução para evitar que contaminasse alguém...

Algum de nós era encarregado de sacrificá-lo...

Um golpe certeiro de pá do lado ouvido...

Sempre temi que este dia me chegasse...

A morte ainda me era algo que continha fantasmas além da saudade...

Todos riram da minha covardia na porta do bolicho emborcando martelos de Praianinha...

Um  piá com medo de matar...

Montei no pingo e fui trotando devagar...

O peito esfolado de tristeza...

Ringo acompanhava ofegante desviando das guanxumas do caminho...

O sol varava o entardecer redesenhando nossas sombras do lado esquerdo...

A alma em invernada encarangando os sentidos...

Ninguém mais como testemunha do adeus...

Apeei...

Acomodei Ringo acima do pelego quase nas crinas da montaria...

Enfiei as esporas...

Disparei por entre as coxilhas...

Queria dar o último passeio feliz ao meu amigo vira latas...

Os ventos do descampado zumbiam em Minuano...

Pela primeira vez descobri que cachorros gostam de ventania na cara...

Ringo latia baixinho e balançava as orelhas...

Chegamos...

Desencilhei a pá...

Cavei, cavei, cavei...

Cavei o mais fundo possível para que jamais sequer os ossos do amigo  servissem algum dia para carroceiros de ferro velho vendê-lo para fazer sabão...

Cerrei os olhos e imaginei o sacrifício do Ringo como se eu fosse um feitor do Menino do Pastoreio em seu buraco formigueiro...

Ringo não estava mais ali...

Demorei a encontrá-lo...

Achou a beira de um riacho logo a frente para beber água...

Corri na sua direção feito um doido gritando palavrões...

O segurei pelo lombo e o joguei no meio d'água...

Retornou nadando forte...

Saiu  da água estremecendo círculos de pingos coloridos no ar brincando de fingir que morderia meu calcanhar...

A cova  ficou aberta pra trás...

Ringo voltou pra casa comigo...

E...

A cada vez que ele fingia estar triste eu o colocava na frente dos arrelhos para sair em disparada...

Morreu de velho...

Muito depois de tantos passeios que descobri que ele necessitava para ter mais um dia seguinte...







Jorge Schweitzer







domingo, 23 de fevereiro de 2014

'Simpatia é Quase Amor', Ipanema RJ








Estou morrendo, sem saudades...






Eu era guri...

Lembro bem...

O primeiro texto que recebi para interpretação tirei zero...

Descrevia as horas...

Filosofava se elas nos seriam menos ou mais...

Sequer percebi que se tratava de um relógio...

Pôs bueno...

Na semana passada descobri que elas já me são menos...

Tomei um susto...

Daqueles que recebemos um por ano...

Como um sinal...

Fiquei silêncio...

Paralisado em meio ao nada...

Sem revolta...

Me dei o prazo de dois dias para ver como evoluiria...

Nesse hiato fui maldizendo baixinho as coisas que deixei de fazer...

Planos que sempre imagino a hora correta do dia seguinte...

Engraçado, não rezei...

No meio do medo maior de não conseguir mais ser protagonista...

Não orei aos céus para pelo menos mais dois dias de prazo...

O que tem que ser já está escrito...

Vou fazendo a minha parte contando que os designios colaborem...

Nem que seja um pouco de nada...

Daí...

Então, daí...

Comecei a melhorar...

Como um dos  tantos outros milagres...

Claro, lembrei da lógica dança do cisne...

O prenúncio final...

Como o crepúsculo alçado a beira do abismo...

Não era...

A rotação solene voltou um pouco para mais...

Resolvi checar...

Num posto do SUS...

Certamente seria marcado para daqui uns dois meses...

Que nada...

Pediram que eu aguardasse para ser atendido no segundo andar...

Por...

Uma médica...

Perguntei se eles não possuiam uma profissional cubana...

Não, me juraram que ela era um doce...

Cada paciente que entrava levava muito tempo no consultório...

Pensei em desistir...

Li o jornal inteiro que comprei na banca do outro lado da rua...

Quando os restos deste jornal eram disputados pelos outros pacientes na recepção...

Fui chamado...

Ela pronunciou meu sobrenome com perfeição na borda da sua porta...

Entrei...

Tinha um sorriso leve e olhar lindo...

Daqueles adestrados para nos dar as piores notícias...

De cabeça baixa foi anotando...

Me circulou; olhou; mediu pressão duas vezes; segurou meu pulso; deu socos em meus rins...

- Doeu?

- Não!

Devo confessar...

Fico constrangido em ser tocado por uma mulher desconhecida sem poder retribuir...

Escreveu, escreveu, escreveu...

Me contou que sabe que 'é' junto com 'i' em alemão se pronuncia 'ái'...

Disse a única frase completa no idioma  que conhece: 'eu quero um copo de água' (Ich möchte ein glas wasser)...

Talvez tenha treinado para algum congresso médico em Frankfurt...

Rimos...

Contei que não vou a medico nunca...

Da última vez um me passou vários exames que não fiz...

- Pois eu estou lhe passando vários exames que você só volta a me procurar se fizer...

Perguntei se ela poderia me dar receita para eu pegar losartana de graça, já que minha receita já está vencida a mais de ano...

- Não, não vou fazer nada que você quiser...

- Eu vou voltar!

- Duvido, você vai melhorar e nunca mais volta aqui!

Médica muito mala...

Mas, ela tem razão...

Na realidade não necessito de médico pra nada...

Quer dizer...

Somente para me avisar que restam apenas exatas tantas horas para tudo me acabar...

Daí eu vou lá e faço o que tem que ser feito...

Uma grande lambança inesquecível antes do apagar de tudo...

Não irei embora enquanto não colocar um ponto final em cada reticência...






Jorge Schweitzer





Como fugir do engarrafamento dos blocos do Rio de Janeiro neste carnaval 2014






A partir deste final de semana recomeça a impossível tentativa de driblarmos os engarafamentos providenciados por blocos de carnaval no RJ...

Como diversos deles tomam o centro da cidade no final de semana não sobra mais nenhuma alternativa depois do fechamento do cais do porto, Perimetral e Mergulhão da Praça XV...

E, nos dias de desfiles na Marquês de Sapucaí?

Sobram os tuneis Rebouças e Santa Bárbara...

E...

Rezar...



Jorge Schweitzer





sábado, 22 de fevereiro de 2014

Sábado de Sol no Leblon RJ








José Eugênio Onça da Silva, ex-líder de torcida do Flamengo, é morto em São João de Meriti RJ






Ex-líder de torcida do Flamengo morre após ter casa invadida na Baixada 

José Eugênio Onça da Silva atuava na coordenação de segurança nos desfiles da Sapucaí. 

Ele foi amarrado e amordaçado 


O DIA 


Rio - O ex-líder de uma torcida do Flamengo, José Eugênio Onça da Silva, de 60 anos, morreu após ter a casa invadida por bandidos, na madrugada deste sábado, na Vila Rosali, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. 

Segundo policiais da 64ª DP (São João de Meriti), os bandidos amarraram José Eugênio e sua esposa, que estava em um cômodo diferente. 

Ele foi amordaçado e morreu. 

Apenas a perícia vai identificar a causa da morte. 

A esposa da vítima e o vizinho que a socorreu foram ouvidos pela polícia, que tenta colher provas que ajudem a identificar a autoria do crime. 

A vítima também era conhecida por atuar há cerca de 10 anos na coordenação de segurança da Marquês de Sapucaí nos desfiles e ensaios técnicos das escolas de samba. 

Eugênio Onça costumava estacionar seu carro no recuo de bateria do setor 1 nos ensaios técnicos. 

No veículo, armazenava água e lanche para os integrantes da equipe de segurança.