sábado, 15 de setembro de 2012

Suave como o Trovão













Já escrevi:

Na verdade não sou Valjean...

Não o 0.18989280 e uma inclinação de 6.40056, mas Jean...

Não sou o bonzinho que oferenda perdão e a outra face...

Na realidade, sou Javert!

Quer dizer...

Nem tanto...

Mais ou menos...

A zoar com tragédias fratura expostas de Vitor Hugo...

Assim como brinquei de cozinheiro marine Steve Seagan e fui aplaudido de pé enquanto tudo dava certo...

Ou sendo um Caronte barqueiro de Alighieri...

Vocês riram...

Eles nos temem...

Se borram...

Sou a Descontinuidade de Gutenberg...

Passam noites insones com minha imagem tatuada no teto...

Sou seus piores pesadelos das placas tectônicas...

Quero todos seus pânicos...

Eu e você somos como um Danton odiado por todos Robespierres...

No tribunal Danton foi calado com um tiro no peito para evitar que falasse...

A minha e a sua oratória reconduz o rumo da verdade que eles se recusam escutar...

Eles querem nosso silêncio que jamais daremos...

A cada dia ampliamos mais o eco que eles temem...

Tentam transformar a verdade em vergonha de esperança de Justiça...

Beira o patético...

Perda de tempo...

Não iremos embora nunca...

Os bandidos são mais unidos na covardia do que parceiros que vão nos abandonando um a um...

Não importa...

Só necessitamos de um, dois ou três de nós à enfrentá-los...

A vida não matará o sonho...

Jamais...




Jorge Schweitzer











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