domingo, 9 de setembro de 2012

Meu primeiro autógrafo





Foi há um minuto...

Recebi telefonema de uma moça bacana...

Começa com 97 e finaliza com 881...

Juro que é verdade e ela pode comprovar...

Perguntou se pode solicitar adicioná-la novamente ao Facebook que retornei tímido...

- Jorge, juro não ser problemática nem mal resolvida! Só gosto de você!

Caramba, ela me lê mesmo...

Escrevi isto numa madrugada e deixei por instantes na Rede...

Retirei dez minutos após para não ofender ninguém que me acompanha...

Ela me leu...

Fico muito tempo com o celular desligado e poucos conseguem falar apesar de eu adorar jogar conversa fora....

É que complicado administrar vida virtual...

Certo dia esta mesma moça me telefonou numa madrugada e me pegou:

- Não acredito! Estou falando finalmente com você...

Melhor não repetir o que esta menina bonita disse que acredita que nem sou de verdade...

Lembrei do meu primeiro autógrafo...

Eu trabalhava numa escola de segundo grau informatizando uma escola no centro do Rio de Janeiro...

Todos alunos e alunas, cerca de 1.500, eram adultos no horário noturno em regime supletivo após saírem do trabalho...

Eu ficava dentro de um sala de vidro com espelhos para ampliar o ambiente...

Parecia um aquário que chamava atenção como marketing do Colégio numa época em que quase ninguém possuía computador...

Eu acabava como centro de curiosidade...

Certa vez uma moça se aproximou:

- Cara, me dá teu autógrafo?

Me senti...

Peguei seu caderno para escrever meu nome e a bonitona preferiu as costas de sua camiseta branca me entregando uma pilot...

Caprichei:

- Como é que você se chama?

- Tereza!

Rabisquei com capricho o primeiro autógrafo da minha vida:

"Com carinho para Tereza!"...

Enquanto eu escrevia ela sentia cócegas e informava:

- Ninguém irá acreditar que conheci o Jayme Periard, te amo!

Assinei:

"Jayme"!




Jorge Schweitzer




PS: Putz eu era os cornos do sujeito mesmo... Eu ia ao supermercado e todos ficavam me olhando... Ele fazia uma novela que era cadeirante coitado... Nem sei se na Globo... Eu tinha uma namorada que adorava fingir que possuia um global de mentira para chamar de seu quando na praia todos ficavam olhando.... Por acaso acabou sendo a mãe do filho do Cara Estranho... Agora, na boa, amiga... Ninguém merece esta coisa de reverência pelo que fingimos ser... Fico muito tempo com o celular desligado, mas, sempre que você ligar e me capturar encosto o carro e falo até zerar minha bateria... Ah, sim... Meu segundo autógrafo foi para uma aluna de jornalismo depois de uma conversa de hora e meia num auditório cheio... Necessito urgente fazer algo revelante para que minha assinatura tenha algum valor... Poff!



Nenhum comentário:

Postar um comentário