quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pais de Patrícia Amieiro reconhecem roupas da filha... Advogado Nélio Andrade, dos PMs suspeitos, pedirá reabertura da Fase de Instrução...






'Senti dor no peito', diz mãe de engenheira sobre roupa encontrada
Pais de Patrícia Amieiro reconheceram roupas nesta manhã.
Engenheira está desaparecida há quatro anos.

Marcelo Ahmed Do G1 RJ


“Senti uma dor no peito, um aperto no coração. Foi o momento mais emocionante, mais forte, mais doloroso também”. Foi dessa forma que Tânia Márcia Amieiro, mãe da engenheira Patrícia Amieiro, reagiu ao ver as roupas que acredita terem sido usadas por sua filha, quando ela desapareceu há quatro anos. Tânia e o marido, Celso Franco, reconheceram as roupas encontradas em um sítio, no Itanhangá, na manhã desta quinta-feira (12).

“O tecido não deu para identificar direito porque não podia botar a mão e estava com muita lama. É uma cor parecida com uva. Mas tudo indica que seja da minha filha”, afirmou Tânia, que diz ter muito nítida a imagem da filha antes de sair para uma festa, no dia em que desapareceu.

As denúncias de que o corpo da jovem estaria em um sítio onde milicianos fariam encontros, na Zona Oeste do Rio, e a possibilidade o reconhecimento das roupas, deixou a família com esperanças, mas também apreensiva. “Vem tudo à tona, fiquei nervosa. Veio uma dor na nuca, meu coração bateu muito forte. Quando vi a roupa, era como se ela estivesse vestindo aquilo ali”, revelou Tânia.

Os pais fazem um apelo às autoridades para que não desistam das buscas. “Tudo isso nos impressionou muito. Agora, esperamos que intensifiquem as buscas. Nós acreditamos que a ossada de nossa filha esteja lá”, afirmou o pai, Celso Franco.

O irmão da engenheira, Adriano Amieiro, disse que, além de encontrar os restos mortais de Patrícia, o objetivo da família é levar os quatro PMs a júri popular. “Se eles não forem julgados, faremos um enterro simbólico em frente ao Palácio Guanabara (sede do Governo do estado), declarou Adriano.

Nesta sexta-feira (13), haverá a última audiência antes que o juiz pronuncie ou não os réus, com o depoimento do delegado Marcos Reimão, que esteve à frente do caso. Mas os parentes não acompanham a sessão. “Eu não entro na audiência pra não assistir, mas só em você entrar ali e ter contato com os policiais e o advogado isso já causa um constrangimento. Da forma em que eles olham pra você, que te encaram, eles já se entregam”, afirmou Tânia, declarando certeza da culpa dos policiais.

Segunda tentativa
A família da engenheira vai fazer uma segunda tentativa de reconhecimento das roupas que foram encontradas durante as buscas pelos restos mortais da jovem desaparecida em junho de 2008. A informação foi dada nesta quinta-feira, pelo delegado titular da Divisão de Homicídios (DH), Rivaldo Barbosa.

"Esse novo reconhecimento vai ser feito por questões de segurança, já que a família está muito abalada e isso pode influenciar no reconhecimento", avaliou o delegado na tarde desta quinta, acrescentando que só após essa segunda tentativa é que o material será encaminhado ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) para perícia.

Após a primeira tentativa de reconhecimento do material nesta manhã, Antônio Celso de Franco disse que há possibilidades de que as roupas pertençam à filha. "Tem muita coisa parecida, como uma blusinha e uma calça. Há grandes possibilidade de que essas roupas sejam da Patrícia. Estamos com muita esperança e acho até que as buscas deveriam ser intensificadas depois disso", disse ele, ressaltando que a mãe da jovem ficou muito impressionada com a blusa.

O reconhecimento foi feito na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, também na Zona Oeste. Antônio foi acompanhado da esposa, Tânia Amieiro, e do filho, Adriano. Desde terça-feira (10), a família acompanha as buscas pela ossada de Patrícia no sítio. Os trabalhos começaram após uma denúncia anônima. No total, cerca de 50 agentes da DH, do Ministério Publico e do Corpo de Bombeiros atuam nas buscas.

O reconhecimento foi feito horas antes da polícia recomeçar as buscas no sítio. Na quarta-feira (11), a delegada assistente da DH, Renata Araújo, disse que não tem prazo definido para terminar as buscas: "Inicialmente havia uma previsão de três dias, mas podemos estender esse prazo", afirmou. Uma retroescavadeira chegou a ser usada no trabalho.

Defesa

O advogado Nélio Andrade, que defende os quatro policiais militares acusados de matar e esconder o corpo de Patrícia Amieiro, disse, nesta quinta-feira (12), que vai pedir a reabertura da fase de instrução do julgamento do caso. A reabertura da fase de instrução dá o direito à defesa a se manifestar novamente, antes que o juiz decida pela pronúncia dos réus. A última audiência está marcada para esta sexta-feira (13), quando está previsto o depoimento do delegado Marcos Reimão, que esteve à frente do caso.


PS: Nélio Andrade descrê que possível os pais de Patrícia Amieiro reconherem a roupa; porém, mesmo assim, afirma que o GPS dos seus clientes não aponta que eles estiveram no sítio do Itanhangá... Pode ser, pode não ser... Ou pode ser estratégia do Nélio Andrade de empurrar para mais prá frente o Tribunal do Juri que inevitável independente dos restos mortais da moça... Os PMs alegam que um deles teve crise de hipertensão e foi socorrido naquela noite no Hospital Lourenço Jorge que é trajeto do Itanhangá onde o corpo de Patrícia pode ter sido colocado em outro carro... Agora... Existem vídeo de Patrícia Amieiro saindo da festa na Urca que podem confrontar com a identificar da blusa roxa localizada no sítio... Também pode existir ainda alguma etiqueta das peças que Perícia possui condições de recuperar... E... Possível que a denúncia que proporcionou a localização das roupas conheça detalhes do local onde Patrícia foi sepultada... Possível que todos seus demônios insones permitam que volte a ligar para facilitar as buscas... JS

2 comentários:

  1. Meu Deus, que dor!!! Pobre mãe, pobre família. Meus profundos sentimentos!
    Maria S.

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  2. Quando vejo a foto dessa moça Patricia tão linda, parecendo tão cheia de vida e alegria, com um futuro todo pela frente, sinto uma tristeza profunda e posso imaginar a dor que essa familia tem passado.
    Nesta pagina tem a imagem dela sainda da casa noturna onde tinha ido na noite do assassinato, não dá pra identificar muito bem a cor da blusa...
    http://www.cadepatricia.com.br/oqueaconteceu.htm

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