sexta-feira, 13 de julho de 2012

Pais de Patrícia Amieiro chegam à DH para reconhecimento da roupa encontrada no sítio do Itanhangá... Buscas do corpo da engenheira continuam...





Os pais da engenheira Patrícia Amieiro, que desapareceu há quatro anos, chegaram às 8h15 desta sexta-feira (13) na sede da Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Eles vão analisar as roupas femininas que foram encontradas em um sítio, no Itanhangá, zona oeste, na última terça-feira (10). A polícia investiga se o local era usado como cemitério clandestino.

Na quinta-feira (12), os pais da jovem também estiveram na DH, mas só viram as roupas por fotos. Todo o material será enviado para perícia no ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) a partir desta sexta.

Força-tarefa em sítio

Entram no quarto dia as buscas pelos restos mortais da engenheira. Nesta sexta-feira (13), a operação que vasculha o sítio Vitória ganha o reforço do Corpo de Bombeiros e da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.

Também nesta sexta, está prevista a última audiência de instrução e julgamento do caso, no 1º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. A defesa dos PMs acusados de matá-la pedirá acesso às novas investigações.

Nélio Andrade, advogado dos quatro policiais, diz que pedirá à Justiça que seja reaberta a fase de instrução e julgamento, sob a alegação de não ter tido oportunidade de se manifestar sobre o material encontrado durante as buscas que acontecem desde a última terça-feira (10).

— A defesa foi surpreendida com essa busca e apreensão. Em virtude desse fato novo, eu entendo que tem que dar ciência à defesa do que foi feito, dar o direito à defesa de se manifestar sobre isso. Se as roupas encontradas foram mandadas para perícia, eu tenho que ouvir esse perito, o assistente do perito e o delegado que está acompanhando as investigações. Eu tenho esse direito.

Na quarta-feira (11), as equipes contaram com uma retroescavadeira e um radar conhecido como GPR. O aparelho é utilizado na construção civil e, de acordo com o promotor Felipe Moraes, da 1ª Vara Criminal, serve para identificar locais onde a terra foi revolvida e escavada. A área dentro do sítio onde a ossada de Patrícia teria sido enterrada, segundo uma denúncia, fica em local de difícil acesso, íngreme e de mata fechada.

Os trabalhos foram desencadeados após a Promotoria receber uma denúncia de que o sítio era usado como cemitério clandestino e com movimentação de policiais militares supostamente ligados a milícias.

"Roupas são muito parecidas"

Os pais da engenheira foram até a Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, na manhã de quinta-feira para ver as fotos das roupas encontradas no sítio. De acordo com o irmão da engenheira, Adriano Amieiro, a mãe ficou muito emocionada.

— Ela chorou muito e disse que as roupas são bem parecidas com as da Patrícia. E minha mãe conhecia, pois sempre saía para comprar roupas com ela. Isso só aumentou ainda mais a nossa esperança [de que seja encontrado algo que esclareça a morte da irmã] porque os indícios são fortes de que aconteceu algo neste sítio. Queremos que eles vasculhem tudo porque o local é muito grande.

A mãe da jovem disse ao R7 ter certeza que o corpo da filha está enterrado no local. Tânia Amieiro quer que os PMs acusados de matar Patrícia sejam levados a júri popular.

— Nós queremos que as buscas não parem, porque a minha filha está enterrada ali [no sítio]. E queremos que os PMs sejam levados a júri popular. Não podemos abrir brecha para que isso aconteça novamente, principalmente para policiais fazerem estas barbaridades, ocultarem o corpo e ficar por isso mesmo.

A engenheira desapareceu em 14 de junho de 2008 quando voltava de uma festa no morro da Urca, zona sul, e seguia para sua casa, na Barra da Tijuca. O carro de Patrícia foi encontrado com marcas de tiro dentro do canal de Marapendi.


R7

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