segunda-feira, 9 de julho de 2012

Em julgamento, mãe da menina Joanna Cardoso Marcenal teme poder de defesa dos réus



Felippe Franco | Rio+ | 09/07/2012 14h05
Do SRZD


Será julgado nesta terça-feira o processo criminal sobre a morte da garota Joanna Marcenal Marins, de 5 anos, que morreu em 2010 após 26 dias sendo atendida por um falso médico durante internação no Hospital RioMar, no Rio de Janeiro, para onde foi encaminhada após sofrer série de agressões do pai e da madrasta.

A audiência, na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da capital fluminense (TJ-RJ), definirá o futuro dos quatro réus. Podem ir a júri popular André Marins, o pai, Vanessa Maia, a madrasta, Alex Sandro Cardoso, o falso-médico, e Sarita Fernandes, a médica responsável pela contratação de Alex.

Em entrevista ao SRZD, a mãe de menina, a também médica Cristiane Marcenal, se mostrou otimista com a decisão. "Tenho certeza no meu coração que eles vão a júri popular, mas justiça é justiça e quem decide não sou eu. Mas, por bom senso, não ficariam de outubro até hoje se o resultado não fosse favorável nesse sentido", disse.

Cristiane não comparecerá ao julgamento para evitar problemas, uma vez que André trabalha no local e, por medida judicial, não pode chegar perto da ex-companheira. Ela contou que teme a autoridade envolvida na defesa dos réus.

"A gente mexeu com gente muito poderosa e eles acreditaram que nunca não ia dar em nada. Só chegamos nessa fase porque briguei muito. O que eles estão fazendo é postergar o processo, diminuir a pena dos réus, porque culpa eles têm. Eles serão condenados, a gente só não sabe se será seis meses ou 60 anos", declarou.

Cristiane se emocionou ao falar dos quase dois anos sem Joanna. "Você não tem noção do que é ficar sem poder ver sua filhinha. Nada do que a gente fizer vai trazer ela de volta, que era a razão da minha vida, que foi morta absolutamente por nada. Ela foi cruelmente mortificada e é com isso que eu não consigo conviver", lamentou a médica.

Os advogados dos réus não foram localizados para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

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